Mais um ícone arquitetônico da Cidade se tornou Patrimônio Histórico de Santos.
A caixa d’água instalada no bairro Aparecida foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), reconhecendo sua importância como bem cultural de interesse histórico, arquitetônico, tecnológico e paisagístico, integrante da memória urbana.
Com o tombamento, é facilitada a captação de recursos para a restauração, por exemplo.
Construído em 1938, o reservatório localizado na Avenida Pedro Lessa, 1728 – em terreno hoje ocupado pela policlínica do bairro – teve seu pedido de tombamento apresentado em 2009, mas sem abertura do processo à época. O estudo de tombamento foi formalmente instaurado em 2024 e concluído em 2025.
História
O equipamento integra o conjunto de infraestrutura implantado na Cidade a partir da década de 1930. Sua construção aconteceu em 1938 pela Companhia City, visando ao atendimento da Zona Leste, que vivia o primeiro momento de sua ocupação no entorno da chamada Vila Santista — correspondente, hoje, a partes dos bairros Macuco, Embaré, Aparecida, Estuário e Ponta da Praia.
A estrutura em concreto armado se destaca pelo reservatório elevado sustentado por doze pilares externos e torre central de acesso. A implantação complementou o sistema que partia do Rio Pilões, em Cubatão, e se conectava ao reservatório do Morro da Penha.
A caixa d’água garantiu maior pressão na distribuição de água, evitando desabastecimentos em períodos de estiagem ou de maior demanda.
Tombamento
A determinação foi pelo tombamento integral da Torre de Água, interna e externamente. Desse modo, abrangendo volumetria, estrutura e equipamentos originais remanescentes do sistema de água e manutenção, incluindo encanamentos, válvulas, maquinário, passarelas e escadarias.
Em relação ao pavimento térreo não original, atualmente ocupado pela policlínica, estabeleceu-se proteção assegurando manutenção da volumetria e do recuo frontal, de modo a preservar a visibilidade.
Já a área do lote voltada para a Rua Comendador Alfaia Rodrigues, onde funciona a Vila Criativa Sênior, recebeu parâmetros de livre projeto, condicionados à valorização do bem tombado e à adoção de áreas verdes para mitigar o impacto visual.
Panorama em Santos
Desse modo, agora, Santos possui 60 bens tombados, individualmente ou em conjunto, inscritos no Livro do Tombo. A lista inclui desde edifícios marcantes para a história, como antigos estabelecimentos comerciais, turísticos e de lazer, até bens naturais.
Para realizar qualquer intervenção que possa afetar os elementos protegidos destes imóveis, como reformas, ampliações, demolições, restaurações ou alterações na fachada, proprietários de bens tombados ou protegidos devem solicitar autorização prévia.
Confira as notícias do Boqnews no Google News e fique bem informado.