Casos de dengue em Santos aumentam 271% desde 2018 | Boqnews
Foto: Arquivo / Agência Brasil

Saúde

05 DE JANEIRO DE 2020

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Casos de dengue em Santos aumentam 271% desde 2018

A Cidade não registra casos de mortes pelo vírus desde 2015, quando, à época, foram identificados 5 vítimas

Por: Da Redação

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Os casos de dengue voltaram a crescer em 2019.

No ano passado, 141 pessoas foram identificadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Santos com o vírus.

Um aumento, portanto, de 271% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 38 casos.

Desde 2015 Santos não registra vítimas de casos de dengue quando, à época, 5 pessoas vieram a óbito de um total de 3.615 casos.

Em 2010, por exemplo, a Cidade registrou mais de 8 mil casos.

Desde esse período, os registros do vírus foram caindo, porém, o secretário de Saúde, Fábio Ferraz, admitiu a possibilidade de haver uma nova epidemia da doença este ano.

A informação foi dita durante o programa Entrelinhas, da Santos FM, em entrevista ao jornalista Alex Frutuoso.

Ferraz disse que deverá buscar alternativas de prevenção e fortalecer as questões de proteção para possíveis novas dificuldades de epidemias.

“Tecnicamente falando teremos dificuldades no ano de 2020”, reconhece.

 

Estratégias

O secretário informa que haverá utilização de uma técnica pouco conhecida entre os brasileiros, mas já utilizada em Miami, nos Estados Unidos.

A tática utilizada tem como característica atrair o mosquito para a armadilha e depois utilizar um pólen de inseticida e assim impedir a reprodução do mosquito.

Hoje, Santos é umas pioneiras no uso da tecnologia, sendo a segunda do país e a primeira no estado de São Paulo.

Outros 65 países já utilizam a ferramenta.

“Um total de 50 armadilhas foram instaladas nos bairros Encruzilhada e Vila Mathias, escolhidos pelo histórico de presença de mosquitos nas armadilhas e de infestação e grande concentração de pontos estratégicos e imóveis especiais”, afirma a Prefeitura, em nota.

Em uma área anexa ao Hospital dos Estivadores, foi instalada uma contadora automática de mosquitos criada pela empresa alemã Biogents AG.

O projeto foi iniciado em novembro passado e seguirá em fase de testes até fevereiro próximo.

Não terá custos aos cofres públicos, garante a Administração Municipal.

“O estado da Flórida teve, em 2016, uma epidemia com mais de 5 mil casos de zika vírus e, com a tecnologia, reduziu para quase zero o número de casos”, explica o diretor executivo da Truly Nolen, Marco Antônio Bertussi, empresa que tem a exclusividade de distribuição da tecnologia no Brasil.

 

Arte: Mala

 

 

 

Outras epidemias

Ainda em nota, o Executivo alertou que novas doenças também estão podem ser retomadas neste verão.

Como, por exemplo, febre amarela e sarampo que assolaram o país nos últimos anos.

Por isso, a Prefeitura destaca a importância dos munícipes procurarem os postos de vacinação.

Hoje, apenas vacina pentavalente está em falta nas policlínicas.

“Também há risco da chikungunya e zika vírus, também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (o mesmo que transmite a dengue). Neste caso, é importante os cuidados da população com água parada em imóveis para evitar possíveis criadouros”, afirma.

Cuidados

O médico neurologista Enio Galli Ferlin enfatiza alguns pontos sobre os cuidados que a população deve ter em relação ao vírus.

De acordo com o profissional, não há um tratamento próprio para que a dengue seja curada.

Contudo, ressalta que quem beber bastante líquido e utilizar até mesmo analgésicos tende a melhorar dos sintomas.

Porém, “deve se evitar o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS)”, ressalta.

Ferlin explica ainda os motivos pelos quais a infecção pelo vírus fica mais grave após a primeira vez.

Segundo ele, existem quatro tipos de vírus que podem causar a dengue. Contudo, se o portador for acometido por algum deles, ele estará protegido daquele tipo específico da doença.

“Após a primeira infecção, o sistema imune (de defesa) do indivíduo pode apresentar uma resposta mais agressiva quando se tem um novo quadro de dengue e o sintomas e reações podem se tornar mais graves”, complementa.
Para amenizar os riscos, a Prefeitura realiza constantes mutirões.

Desde fevereiro de 2019, por exemplo, foram realizados 23 mutirões de combate à doença.

Portanto, conseguindo eliminar, neste período, 1.300 focos de larvas do mosquito da dengue, o que ajudou a diminuir o total de casos.

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