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15 DE MAIO DE 2009

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Comportamento agitado

Num ambiente de sala de aula as diferenças comportamentais dos alunos são evidentes. Os mais agitados, que constantemente levantam-se dos lugares, iniciam conversas paralelas ou dificilmente prestam atenção à fala do professor, logo se destacam entre os mais calmos e concentrados. Muitas vezes chamados de “bagunceiros”, esses alunos,  que apresentam uma hiperatividade acentuada, podem ser […]

Por: Da Redação

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Num ambiente de sala de aula as diferenças comportamentais dos alunos são evidentes. Os mais agitados, que constantemente levantam-se dos lugares, iniciam conversas paralelas ou dificilmente prestam atenção à fala do professor, logo se destacam entre os mais calmos e concentrados.

Muitas vezes chamados de “bagunceiros”, esses alunos,  que apresentam uma hiperatividade acentuada, podem ser vítimas de distúrbios de aprendizagem. Dentre os mais comuns estão a dislexia, o déficit de atenção, a hiperatividade e a síndrome de aspen/autismo.

Para ajudar na identificação desses distúrbios e também como lidar com eles, a psicóloga, pedagoga e mestre em educação, Lúcia  Dondon, desenvolveu uma apostila com as situações mais comuns enfrentadas por professores na sala de aula.  “Tenho observado como é difícil trabalhar com as diferenças didáticas. Muitas vezes, o professor, sem saber como lidar com eles (alunos), acabam deixando-os de lado”, diz.

Segundo Lúcia, o tratamento correto do professor para com o aluno é essencial, pois ele compromete o processo futuro de aprendizagem do estudante.  “Se a equipe da escola não estiver preparada para identificar esses casos,  os alunos hiperativos não se interessarão pelo conteúdo e poderão até abandonar os estudos”, afirma.

Solução
Oferecer um tratamento diferenciado aos alunos é o primeiro passo. A pedagoga explica que eles devem estar posicionados próximos ao professor para uma participação maior.

O processo de avaliação também precisa ser diferenciado e atender às necessidades de cada um. “Se o aluno tem déficit de atenção, ele necessita de uma prova mais objetiva e clara, sem textos longos. Como apresenta dificuldade de fixação de conteúdo, ele pode perder a atenção”, explica Lúcia. Apesar da postura diferenciada,  o professor precisa ser discreto nessa diferenciação.“Não será bom se outros alunos notarem”, lembra.

Outro aspecto importante é a motivação e melhora da auto-estima para que posteriormente haja progresso no aprendizado. “Precisa existir incentivo e valorização para que eles desenvolvam suas habilidades”, ressalta Lúcia.

Para melhorar o desempenho desses estudantes, o professor deve trabalhar com grupos pequenos, sem isolá-los, dando responsabilidades que possam cumprir, além de mostrar limites dentro da sala de aula. “Os alunos hiperativos são inteligentes, só que eles não sabem como canalizar isso e se perdem. Eles tentam prestar atenção do seu jeito, mas não conseguem”, analisa.

Além da apostila, a intenção da psicóloga é capacitar professores e envolvidos com o ensino de uma maneira geral, por meio de palestras e prestação de assessoria. “A escola tem que encontrar maneiras para que essas crianças também possam aprender. Esse é o papel da escola – buscar caminhos para ajudar os alunos”, afirma.

Acompanhamento
A compreensão da família é fundamental nesse processo. O trabalho feito no ambiente escolar precisa ser estendido para o dia-a-dia do estudante.  “Normalmente, os pais têm dificuldade de enxergar esses problemas”, confirma.

A professora comenta que é possível identificar, no período em que a criança ou o adolescente está em casa, comportamentos que sinalizem hiperatividade e déficit de atenção.  A agitação constante, a dificuldade de fixar a atenção em algo e finalizar tarefas (começa algo e nunca termina), além do baixo rendimento escolar são sintomas de déficit de aprendizagem que podem ser notados pelos pais.

“Eles têm dificuldade de impor limites no dia-a-dia colaborando para que os filhos reforcem os sintomas”, comenta. Já o famoso bagunceiro, segundo Lúcia, apresenta os mesmos comportamentos do hiperativo só que tem um bom desempenho na escola, normalmente com notas satisfatórias.

Maturidade
Não são só crianças e adolescentes que sofrem com o problema. Quando não identificado na infância, o distúrbio, mais comum nos meninos, pode ser refletido na vida adulta, atrapalhando o desempenho profissional.  “A pessoa tem dificuldade em encontrar  boa posição, mesmo com potencial elevado”, diz a psicóloga. Segundo a profissional, isso se dá graças ao baixo rendimento no ambiente de trabalho, relacionado com a pouca capacidade de concentração em tarefas.

Apostila
Os interessados no guia elaborado pela  pedagoga podem entrar em contato pelo e-mail: [email protected]


 

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