Em assembleia realizada no fim da tarde desta segunda-feira (6), merendeiros, cozinheiros e ajudantes de cozinha decidiram paralisar a greve e voltar ao trabalho nesta terça-feira (7). Paralisação, que atingiu 51 escolas, teve adesão de 60% da categoria.
Os trabalhadores, junto ao Sindserv, reivindicam melhores condições de trabalho, redução na carga horária e mudança de nível salarial. Após ter a greve anunciada na última sexta-feira (3), a Justiça determinou no domingo (5), porém, que o Sindicato não promovesse a paralisação. A liminar ressalta que “a desobediência implicará em multa diária de R$ 50 mil ao sindicato”.
Segundo uma das diretoras do Sindserv, Teresa Christina, o sindicato está tentando caçar essa liminar. “Vamos esperar até quinta-feira para ver o que acontece para, depois, em nova assembleia definir os rumos desta paralisação. Se não conseguirmos derrubá-la teremos que arcar com esta conta, mas junto com todos os funcionários decidimos arriscar para mostrar a insatisfação de quem atua hoje nas escolas e luta por melhores condições de trabalho”, ressaltou.
De acordo com o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos), Flávio Saraiva, o sindicato tenta conversar com a Prefeitura de Santos sobre as melhorias de trabalho desde 2014, porém sem resposta.
Esquema especial
De acordo com a Prefeitura de Santos um esquema emergencial foi montado nesta segunda-feira (6) para garantir a alimentação de todas as crianças que compareceram às 80 escolas da rede municipal, que reúnem mais de 48 mil crianças, mesmo com a paralisação de 60% dos cozinheiros (256 dos 425 profissionais).
De acordo com a liminar do juiz Edmundo Lellis Filho, a paralisação é ilegal. Segundo a decisão judicial, o sindicato descumpriu ao menos três aspectos legais: garantir o mínimo de servidores no trabalho para não prejudicar as crianças; desrespeitar o prazo legal para iniciar o movimento; e não avisar a população com antecedência. O sindicato, porém, nega a ilegalidade e defende que a paralisação ocorreu de maneira legal como determina a lei.