Os números conspiram a favor para a reeleição do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Além de deter o maior tempo do horário eleitoral (cerca de 60% do total – equivalente a 52 minutos dentro de 1h30 da programação diária para si e para candidatos da sua base de apoio), todos os demais indicadores lhe são amplamente favoráveis, conforme nova pesquisa Enfoque Comunicação/Jornal Boqnews.
Neste levantamento, o prefeito tem 58,9% dos votos na pesquisa estimulada – um ponto percentual a menos que a anterior, mas dentro da margem de erro, de 2,8 pontos percentuais para mais ou menos. Em votos válidos, chega a 83,5% do total, o que pode lhe garantir uma votação superior a 200 mil votos, mantida a tendência do total de eleitores da eleição municipal passada, com 250 mil sufrágios válidos.
Empatados tecnicamente estão Marcelo Del Bosco (PPS), com 4,2%; Carina Vitral (PCdoB), com 3,8% e Paulo Schiff (PDT), com 2%. Os demais candidatos não atingiram 1% dos votos individualmente.
Outro indicador favorável é o baixo índice de rejeição, de 4,7%, indicador cuja queda (em agosto equivalia a 10,7%) é inversamente proporcional ao tempo de exposição da sua candidatura no horário eleitoral gratuito no rádio e TV. Mesmo entre os indecisos, que chegam a 19,4%, sua rejeição é de 5,1%. Mais da metade deste grupo (55,1%), porém, não rejeita qualquer nome.
Mais números
Outros números reforçam o favoritismo. Nove em cada dez eleitores (90,4%) do prefeito garantem que não mudarão o voto até a eleição. Entre os de Marcelo Del Bosco, este índice é de 80,4%, de Carina Vitral, 70,2% e de Paulo Schiff, 54,2%.
Não bastasse, cresce o número de eleitores que desejam o encerramento das eleições já no próximo domingo (2). Antes, eram 68,2% dos entrevistados. Agora, 75,6%. E 81,4% acreditam que Paulo Alexandre vencerá as eleições, indepedente da escolha pessoal de cada entrevistado.
O resultado desta exposição em massa na mídia ajudou a alavancar a imagem da Administração. Em junho, 37,7% aprovavam seu governo (dando conceitos bom e ótimo) contra 20,2% que o desaprovavam (ruim e péssimo).
Em agosto, antes do horário eleitoral, a relação era 41,1% contra 18,1%, respectivamente, dentro da margem de erro. No início de setembro, já com as campanhas iniciadas, a diferença crescera para 60,7% (ótimo e bom) e 9,7% (ruim e péssimo). Agora, 65,8% e 6,7%, respectivamente. Não é à toa que na quantificação dos conceitos em nota, o governo saiu da média 5,7 para as 7,0 atuais, conceito que daria para ‘passar de ano’.
E se oposição quiser jogar todas as fichas nos debates que ocorrerão nas TVs Santa Cecília e Tribuna nesta última semana precisará de criatividade para atrair o público, pois a metade dos entrevistados disse que não assistirá aos programas.
