Uma administração voltada para diminuir o apartheid social de Santos (SP), no litoral paulista.
Considerada uma das cidades com maiores IDHs – Índice de Desenvolvimento Humano do País com áreas na orla com indicadores semelhantes a países europeus, Santos também esconde uma triste realidade.
Moradores residem em palafitas, cortiços e áreas de risco nos morros, com indicadores semelhantes a países africanos, de baixo índice de desenvolvimento.
Dessa forma, o candidato do PT, advogado e jornalista Douglas Martins, defende, como um dos pilares em seu futuro governo, caso seja eleito, ações para diminuir este abismo social.
Ele participou do programa Jornal Enfoque, apresentado pelo jornalista Francisco La Scala, e participação do jornalista Humberto Challoub.
“Santos vive um verdadeiro apartheid social. Vamos diminuir estas diferenças”, salienta o candidato.
“Nossos programas sociais serão pautados na dignidade humana, sem assistencialismo”, enfatiza.
Ele defende um programa de renda mínima à população carente com implantação de moeda e até banco social, além de ações para investir na economia solidária.
Além disso, ele defende a volta do orçamento participativo e revisão dos conselhos municipais, garantindo sua independência.
“Não dá para o presidente dos conselhos ser o mesmo presidente da Cohab”, diz Martins, ex-secretário-adjunto de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, durante o governo Lula.

O candidato do PT, Douglas Martins, defende maior equilíbrio social entre a população de Santos. Foto: Carla Nascimento
Habitação
Outra questão é área habitacional.
Com mais de R$ 620 milhões de dívidas, a Cohab é motivo de críticas por parte do candidato.
“Os valores gastos com o alto número de comissionados deveria ser destinado à construção de moradias”.
Ele lamenta o fato da Prefeitura ter perdido o prazo junto à União para edificação de habitações populares na antiga linha férrea, terrenos do Marapé até o Porto.
Ex-funcionário da Prodesan (“entrei lá como desenhista projetista na área de Edificações”), ele lamenta o “desvio de finalidade da empresa, com total inversão de prioridades”.
E lamentou a ausência da Prefeitura de Santos em discussões sobre a portaria do Governo Federal, que deixou de lado a autonomia dos municípios portuários.
“O bairro do Macuco enfrentará sérios problemas com a intensificação da movimentação de carga de celulose, que usará nitrato de amônio”, diz.
Este produto químico que provocou explosão no porto de Beirute, no Líbano.
Além disso, segundo ele, ao priorizar a instalação de terminais de granéis em Santos serão inevitáveis os aumentos de casos de pessoas com problemas respiratórios.
Confira a entrevista completa no link abaixo.