Em menos de um ano, três grandes incêndios atingiram o Porto | Boqnews
Nara Assunção/ Arquivo 2013

Santos

25 DE OUTUBRO DE 2014

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Em menos de um ano, três grandes incêndios atingiram o Porto

De acordo com nota da assessoria de comunicação da Codesp, a companhia está reavaliando os Planos de Controle de Emergências (PCE) de cada terminal no intuito de buscar melhores práticas para as operações que estão apresentando problemas

Por: Da Redação

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No período de aproximadamente um ano, o Porto de Santos foi cenário de três incêndios envolvendo terminais de açúcar. O último ocorreu na madrugada de segunda-feira (20), na margem esquerda do Porto, em Guarujá, do terminal açucareiro da Cargill. Já o primeiro ocorreu na mesma época, no dia 18 de outubro 2013, atingindo o terminal da Copersucar, na margem de Santos. No segundo, o fogo aconteceu nas esteiras que transportam açúcar na empresa Rumo Logística, em agosto passado. Casos que não são exclusivos da região, sendo que outros dois aconteceram no interior de São Paulo. Incêndios que possuem reflexo econômico mas também ambiental nas áreas afetadas.

Para o engenheiro, professor e coordenador da pós-graduação da Unisanta na área de Segurança do Trabalho, Élio Lopes dos Santos, os incêndios são motivados por um somatório de desconformidades do ponto de vista ambiental e de segurança do trabalho. Para ele, que também é conselheiro do Crea/SP, é importante que exista uma modernização dos equipamentos utilizados. “Eles foram instalados em uma época que a quantidade de açúcar não era tão grande, por exemplo. Hoje colocam em maior número e a todo vapor”, explica. A estrutura de transporte do açúcar, por ser um “combustível”, originado da cana de açúcar, precisa de manutenção preventiva e de limpeza constantes.

“Nos equipamentos não pode haver acúmulo de poeira. É preciso verificar se o SVLE (Sistema de Ventilação Local Exaustora), que capta o pó e retém este material está em pleno funcionamento”, ressalta Élio. Algo que, segundo o professor, sente-se no ar que não está correto. “Se do lado de fora, a metros de distância os moradores e eu mesmo em alguns dias consigo sentir da Universidade, distante alguns quilômetros do cais, o odor gerado por este pó, imagina nos limites do empreendimento como deve estar a situação”.

Outra questão destes incêndios, que precisa ser levado em consideração, é em relação ao sistema de combate. Para Élio, é inadmissivel que o fogo se propague na dimensão que vem acontecendo, mesmo o açúcar sendo altamente inflamável. “Deveria haver um combate imediato mais eficiente”, acrescenta.

Medidas
De acordo com nota da assessoria de comunicação da Codesp, a companhia está reavaliando os Planos de Controle de Emergências (PCE) de cada terminal no intuito de buscar melhores práticas para as operações que estão apresentando problemas.

Também está em processo de licitação a aquisição de dois novos veículos de bomba d`água para combater mais rápido eventuais incêndios. Atualmente, dois veículos estão disponíveis. De acordo com a assessoria, o processo licitatório já foi autorizado pela diretoria e dentro de 30 dias deve ser publicado o edital.
A prioridade, segundo a nota, está nas ações de prevenção, tanto na implantação de equipamentos de monitoramento e controle de falhas que possam, por exemplo, isolar áreas quando identificados os riscos, evitando que fatores causadores de acidentes se propaguem.

Outra medida é o estímulo de toda a comunidade portuária para uma revisão no Plano de Ajuda Mútua do Porto de Santos. O objetivo é definir as ações a serem tomadas em um acidente, estabelecendo uma central de comando para as ações emergenciais. Desta forma, define-se as formas de comunicação entre os envolvidos, determinando o compartilhamento de equipamentos para incorporar as competências além das fronteiras do porto e possibilitando treinamentos e exercícios simulados, evitando improvisos nas ações para solução de acidentes.

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