Empreendedorismo no Brasil: o jurídico como motor de crescimento | Boqnews
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Direito empresarial

19 DE SETEMBRO DE 2025

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Empreendedorismo no Brasil: o jurídico como motor de crescimento

Crescimento acelerado das empresas exige base jurídica sólida para evitar riscos e transformar o direito em estratégia de expansão

Por: Da Redação

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O Brasil vive um momento de expansão acelerada no empreendedorismo formalizado. Segundo o Sebrae, microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas (MPEs) representam cerca de 99% de todas as empresas formais do país. Elas também são responsáveis por mais de 50% dos empregos com carteira assinada no setor privado.

Somente no primeiro trimestre de 2025, foram abertos 1.407.010 novos CNPJs, um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados do portal Serviços e Informações do Brasil. Desses, 78% são MEIs.

Esse avanço também reflete no caixa: o faturamento das PMEs cresceu 5,2% no segundo trimestre de 2024, especialmente nos setores da indústria e do comércio, de acordo com levantamento da Agência Sebrae de Notícias (ASN Nacional).

Crescer sem Estrutura é um Risco Silencioso

Por trás dos números otimistas, existe um alerta: quanto mais a empresa cresce sem base jurídica sólida, maior o risco de crises invisíveis. O que deveria ser expansão, pode se transformar em vulnerabilidade.

O Jurídico como Estratégia de Crescimento

“Muitas empresas veem o jurídico como custo ou burocracia, chamando advogados apenas quando surge um problema. Poucos percebem que um jurídico estratégico antecipa riscos, protege patrimônio e impulsiona decisões inteligentes, tornando-se aliado do crescimento”, afirma Dra. Andreia Barreira, especialista em Governança Jurídica Lucrativa.

Já o advogado Dr. Marcelo Barreira, cofundador da assessoria Souza & Barreira, reforça: “Uma governança bem estruturada transforma o jurídico em base para crescimento seguro e sustentável”.

O Custo Oculto da Falta de Estrutura Jurídica

Quando a expansão acontece sem organização, surgem brechas jurídicas que podem comprometer todo o negócio. Os sinais de alerta incluem:

  • Contratos genéricos, copiados da internet

  • Decisões estratégicas sem orientação legal

  • Conflitos societários recorrentes

  • Passivos trabalhistas ocultos

  • Crescimento acelerado com base improvisada

“Se decisões são tomadas no escuro, contratos geram dúvidas, e os sócios vivem em desalinho, a empresa pode estar crescendo sobre areia”, alerta Dra. Andreia.

Casos Reais: O Impacto da Governança Jurídica

Case 1 – Carla Nascimento: Da confusão à clareza estratégica

Consultora de imagem e fundadora de uma empresa de posicionamento, Carla acreditava que sua empresa estava saudável e em expansão. A Governança Jurídica Lucrativa revelou o contrário.

“Com a governança, revi contratos, cortei gastos, reposicionei minha marca e criei estratégias reais de crescimento. Eu estava perdida e hoje digo: minha empresa não existiria sem essa intervenção”, relata.

Case 2 – Aleph Gestão & Negócios: Estrutura, Engajamento e Lucro

As empresárias Fernanda e Maristela relatam que a falta de papéis claros e a centralização de decisões minava a produtividade. “Todo mundo fazia tudo. Isso gerava retrabalho, estresse e queda na qualidade dos serviços.”

Após a implantação da Governança Jurídica Lucrativa, a Aleph mapeou processos, redesenhou a jornada do cliente e organizou fluxos internos. O resultado foi direto: redução do CAC, aumento da receita e maior engajamento da equipe.

Jurídico é Lucro — Não Burocracia

Para os especialistas, é hora de mudar a mentalidade: o jurídico deve ser visto como ativo de rentabilidade.

“O advogado pontual apaga incêndios. O jurídico estratégico prevê riscos, orienta decisões e fortalece o negócio. Ele atua junto à contabilidade, gestão de pessoas e marketing — é um braço da performance”, explica Dr. Marcelo.

Empresas com governança jurídica têm decisões mais seguras, contratos claros, menor risco trabalhista e menos conflitos societários. Além disso, são mais valorizadas no mercado e atraem investidores.

Checklist: Sua empresa está pronta para crescer com segurança?

Responda “sim” ou “não”:

  1. Seus contratos foram revisados nos últimos 12 meses?

  2. Os sócios têm regras claras e registradas formalmente?

  3. Existe um plano de gestão de riscos trabalhistas?

  4. A empresa protege os bens dos sócios em caso de crise?

  5. O jurídico participa das decisões estratégicas?

Se a resposta foi “não” em duas ou mais perguntas, é hora de repensar sua estrutura.

Glossário Essencial

  • Governança Jurídica: organização da empresa sem improvisos

  • Consiliário Jurídico: advogado de negócios que orienta antes dos problemas

  • Proteção Patrimonial: blindagem de bens dos sócios e da empresa

  • Passivo Trabalhista: dívidas e processos de ex-funcionários

  • Clareza Contratual: contratos objetivos e personalizados

  • Alinhamento Societário: acordos formais entre sócios

  • Gestão de Riscos: antecipação de problemas

  • Compliance: regras que garantem legalidade e reputação

  • Due Diligence: check-up jurídico antes de parcerias

  • Governança Empresarial Lucrativa: modelo que sustenta o crescimento com segurança e rentabilidade

Seja na saúde, no comércio ou na inovação, governar bem é crescer com inteligência. A empresa que cresce sem estrutura jurídica está a um erro de distância do colapso. Já aquela que adota governança estratégica transforma o jurídico em motor de desempenho — e o futuro em projeto.

“O jurídico deixou de ser o departamento do ‘não’ e virou o motor do ‘como fazer com segurança’”, finaliza Dra. Andreia.

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