De 23 e 28 de setembro, a Enfoque Comunicação/ Jornal Boqnews fez a última pesquisa eleitoral deste ano e acrescentou algumas perguntas, que fugiam das intenções de votos dos eleitores santistas, para analisar temas importantes como Educação. E a resposta mostrou um cenário, no mínimo, preocupante. Os santistas deram notas 4 e 5,5, respectivamente, para o sistema educacional brasileiro e da Cidade.
E dados recentes confirmam este cenário. Em levantamento divulgado na última terça-feira (4), por exemplo, das 15 mil escolas de todo o país, apenas 115 tiveram média igual ou superior a 800 pontos na redação do Enem. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, analisou que a redação é o elemento mais interessante do Enem, que comprova dois fatores fundamentais para a emancipação do indivíduo: o repertório e a capacidade de argumentação.
Para o professor e diretor do Curso de Pedagogia da Unisanta, Fábio Giordano, o resultado da pesquisa é preocupante e um sinal de que o sistema está com falhas. “Entendo que esta pergunta leva em consideração para quem está respondendo três pontos importantes: a escola física, se o espaço está adequado; o valor de utilidade, o que esta sendo ensinado vai servir para o futuro das crianças? Elas vão se inserir no mercado de trabalho?; E o terceiro é se a escola está instruindo meu filho? Ao longo do tempo além de educar a sociedade passou para a escola a função de instruir também”.
Giordano diz que como a pergunta é abrangente, não tem como saber qual ponto está realmente ruim. “Se o que está no inconsciente coletivo é com uma nota tão baixa, é importante se aprofundar para saber onde precisamos melhorar. Mas é extremamente preocupante”, reconhece. Para Giordano, o resultado afirma que a sociedade não acredita na escola. “E isso é preocupante em qualquer lugar do mundo. É importante desmembrar a pergunta para saber qual ponto de fato está tão ruim para a nota média ser esta”, analisa.
