Não é nenhuma dúvida que o transporte urbano é uma das principais queixas dos munícipes. Com o aumento da frota e as ruas cada vez mais estreitas, o Poder Público passou a estudar alternativas que possibilitem o deslocamento eficiente de pessoas nas cidades.
Ainda pouco explorado e com um grande potencial, o transporte hidroviário de passageiros vem ganhando atenção nos últimos anos. Por isso, o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) em atendimento a uma demanda da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para a elaboração de estudos de viabilidade que visam propor um sistema hidroviário de 200 quilômetros de rios e canais da Baixada Santista para atender ao transporte de passageiros da região.
O estudo propõe as rotas mínimas entre seis municípios (Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Bertioga e Guarujá), priorizando a integração com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), aeroporto de Guarujá, indústrias da região e terminais portuários.
Para tanto, serão utilizadas as batimetrias (retrato do relevo submerso dos rios) para definir as rotas de navegação e se haverá a necessidade de dragagem em alguns trechos. Com a definição das rotas, também serão estabelecidas as estações de passageiros, considerando a conexão com outros modais. Estabelecida a frota, a rota, os investimentos e os custos operacionais será definida a tarifa para cada rota e horário.
Após a conclusão dos estudos que atestarão a viabilidade do sistema, os próximos passos compreendem a decisão pela implantação do modelo a ser adotado (concessão ou PPP-Parceira Público-Privada), e, posteriormente, a qual órgão caberá a administração e fiscalização do sistema. O prazo de execução é de 10 meses e a previsão de conclusão do estudo é para o segundo semestre/2015.