O governo vai arrecadar cerca de R$ 430 milhões com o arrendamento de quatro terminais do porto de Santos (SP) leiloados na manhã desta quarta (9) na BM&FBovespa, em São Paulo. O prazo de concessão de todos os terminais é de 25 anos.
O consórcio LDC Brasil, formado pelas tradings Louis Dreyfuss e Cargill, venceu o leilão do terminal de granéis sólidos. O grupo ofereceu R$ 303 milhões como pagamento pelo bônus de outorga, principal critério para definição do vencedor. A Agrovia também apresentou proposta pelo lote, mas num valor bem inferior ao vencedor, de R$ 5 milhões.
O terminal, localizado no bairro de Ponta da Praia, deverá movimentar 3,9 milhões de toneladas de grãos a partir do terceiro ano de vigência do contrato. No quarto ano, o volume movimentado deve subir para 4 milhões de toneladas e, no quinto, 4,1 milhões de toneladas.
A Fibria venceu a disputa com a Eldorado pelo terminal para papel e celulose no bairro Macuco, também no porto de Santos. A vencedora pagará R$ 115 milhões em bônus de outorga e deverá disponibilizar novas instalações de armazenagem, equipamentos de movimentação e transbordo de cargas.
Já o terminal em Paquetá, também de papel e celulose, ficará com a Marinex Despachos, Transportes e Serviços Limitados. A empresa apresentou a única proposta pelo lote, de R$ 12,5 milhões.
As arrendatárias das áreas no Paquetá e no Macuco terão prazo de quatro anos, a partir da data que assumirem as áreas, para disponibilizar as instalações para operação.
As empresas deverão garantir uma movimentação anual mínima de 1,6 milhão de toneladas a partir do quinto ano de operação. Os dois terminais de celulose também terão de implantar novos ramais ferroviários.