Greve dos bancários chega ao décimo dia, nesta quinta (15) | Boqnews

Sindical

15 DE OUTUBRO DE 2015

Siga-nos no Google Notícias!

Greve dos bancários chega ao décimo dia, nesta quinta (15)

A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, PLR, piso e vales maiores, fim das metas e do assédio moral, mais segurança, 14º salário entre outros itens.

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Nesta quinta-feira (15), a greve dos bancários vai para seu 10º dia. A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 5,5% é bem inferior ao índice de inflação de 9,88% medido pelo INPC, de 30 de agosto de 2014 a 1º de setembro de 2015. Porém, os bancos cobram os maiores juros em 20 anos, segundo o Procon. Os juros do cheque especial chegaram a 12,28% no mês em outubro – a maior marca desde setembro de 1995 – quando a taxa era 12,58%.

“Todos sabem que os banqueiros são intransigentes e são os responsáveis por este impasse. Sabem que eles possuem condições para atender nossas reivindicações. A população não aguenta mais os bancos cobrarem 403,5% ao ano no cartão de crédito, 253,2% ao ano no cheque especial, tarifas exorbitantes que garantem lucros fantásticos, a custa da miséria do trabalhador”, diz o presidente do sindicato Rirardo Luiz Lima, o Big.

“Portanto, fazer esta proposta para reduzir os nossos salários é inconcebível diante dos lucros recordes obtidos. Os cinco maiores bancos que atuam no País lucraram 36,3 bilhões no primeiro semestre”, afirma Eneida Koury, secretária geral do Sindicato.

A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de reposição salarial), PLR, piso e vales maiores, fim das metas e do assédio moral, mais segurança, 14º salário entre outros itens. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu 5,5% e abono único de R$ 2.500, o que representa perda de mais de 4% diante da inflação de 9,88%.

Setores com lucros menores pagaram acima da inflação

Outros setores da economia, com lucros muito menores e sem comparação aos dos bancos – e em alguns casos apresentaram prejuízos –, pagaram aumento acima da inflação aos seus trabalhadores, como mostra balanço das campanhas salariais do primeiro semestre, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos).

O Comércio, por exemplo, que registrou quedas no faturamento e nas vendas no primeiro semestre do ano, fechou 76% de seus acordos com reajuste acima da inflação para os funcionários. No setor de Serviços, que também sofreu perdas, os ganhos reais foram observados em 74% dos acordos. E a Indústria, outra área com recuos no desempenho, fechou 61% das campanhas com reajustes acima da inflação nos primeiros seis meses do ano.

O Dieese considerou 302 unidades de negociação, privadas e estatais. Desse total, 69% resultaram em reajustes acima da inflação, 17% foram iguais à inflação do período e somente 15% foram abaixo.

Greve forte na Baixada Santista, 178 agências paralisadas

– Em Santos e Cubatão 90% dos bancários cruzaram os braços por melhores condições de trabalho e reajuste digno. O que significa mais de 2.000 bancários parados e 111 agências paralisadas.

– Em São Vicente, Guarujá e Praia Grande foram 70%, ou seja, mais de 800 cruzaram os braços. São 54 unidades paralisadas.

– Por último, em Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe foram 189, 50% de paralisação, o que significa 13 agências paradas.

O total de agências da base do Sindicato dos Bancários de Santos e Região é 228. A categoria é estimada em 3.995 trabalhadores.

Dados nacionais da categoria

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o País. São mais de 512 mil bancários no Brasil.

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.