Lâmpadas queimadas transformam trecho na orla em cenário para filme de mistério | Boqnews
Breu total na orla do Boqueirão, um dos IPTUs mais caros de Santos. Foto: Nando Santos

Santos

29 DE NOVEMBRO DE 2022

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Lâmpadas queimadas transformam trecho na orla em cenário para filme de mistério

Lâmpadas queimadas em trecho da orla do Boqueirão, em Santos, um dos mais valorizados e caros da Cidade, prejudicam a visualização noturna

Por: Fernando De Maria

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Um dos trechos mais valorizados – e caros – da orla de Santos está literalmente às escuras.

A falta de iluminação na ilha de conveniência no Boqueirão, no cruzamento das avenidas Bartolomeu de Gusmão e Conselheiro Nébias, é cenário típico para filmes de terror, onde a escuridão impera.

Não bastasse,  funcionam  no local unidades do Samu e da Guarda Municipal.

Além disso,  a iluminação da própria avenida revela um número considerável de lâmpadas queimadas.

Em dois postes, colocados na sequência, apenas uma das quatro lâmpadas de cada um funcionam.

Dessa forma, a escuridão ganha ainda mais dimensão em um dos trechos onde o IPTU é um dos mais caros da Cidade, em plena orla do Boqueirão, cujo IDH – Índice de Desenvolvimento  Humano se assemelha a países europeus.

Aliás, a questão da má iluminação não é exclusiva do Bairro do Boqueirão e atinge toda cidade – dos bairros nobres à periferia.

No Boqueirão, um dos IPTUs mais caros de Santos, a falta de iluminação pública é rotineira. Foto: Nando Santos

Iluminações pública piorou

Balanço realizado pela Ouvidoria Municipal de Santos mostra que o tema iluminação pública foi o vice líder em reclamações de munícipes no ano passado.

Ao todo, 3.055 de um total de 31.485 manifestações – cerca de 10%.

E apenas o item ‘lâmpadas queimadas’ registrou 2.281 queixas – média de 6,24 reclamações/dia apenas neste item.

O cenário piorou em relação a 2020.

Conforme balanço do setor, na ocasião, o item iluminação pública recebeu 1998 reclamações, de um total de 27.859 manifestações de munícipes – equivalente a 7,2% do total.

No entanto, o item ficou em quarto lugar entre as principais reclamações na ocasião.

Vale lembrar que existem recursos específicos para a iluminação pública, pois – além do pagamento da taxa no IPTU – há cobrança na própria conta de luz – seja de pessoa física ou jurídica.

Por sua vez, a taxa varia de R$ 13,22 pessoa física por unidade habitacional a R$ 28,33 para pequenos estabelecimentos comerciais.

Assim, ela aparece como Contribuição Custeio IP-CIP Municipal.

Cobrança automática do ICP na conta de luz. Foto: Nando Santos

Prefeitura

Em nota, a prefeitura de Santos informa que os pontos citados na Reportagem serão avaliados pela empresa responsável pelo contrato emergencial da iluminação pública, sob supervisão da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), para os reparos necessários.

Assim, as manutenções ocorrem quando identificados os problemas.

Atualmente, está em andamento o procedimento licitatório para a contratação de empresa que ficará responsável pela gestão completa do sistema de iluminação pública de Santos.

Além disso, o novo contrato prevê mais serviços e investimentos, entre eles a revitalização da iluminação na orla.

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