A gestão da UPA Central em Santos mudou.
Saiu a Fundação do ABC e entrou a InSaúde, organização social do interior paulista que assumiu o espaço desde 18 de fevereiro passado.
A empresa já atua em unidades do gênero em Caxias do Sul (RS) e Viamão (RS).
E agora na unidade santista.
Pelo estatuto, sua denominação é Hospital Santa Casa Jesus Maria José, associação civil filantrópica localizada em Bernardino de Campos, no interior de São Paulo.
Pelo chamamento público da Prefeitura de Santos vencido pela empresa, a In Saúde acertou contrato pelos próximos cinco anos, com valor mensal de R$ 2.091.417,00.
Ao todo, o contrato previsto é de R$ 125.485.020,00 pelo período, podendo ter reajuste em razão da demanda, das atividades realizadas, além da inflação.
Dessa forma, o valor é cerca de 3% maior que o cobrado pela organização anterior, a Fundação do ABC.
Portanto, a nova gestão cuidará de todo o funcionamento da unidade de pronto atendimento por 24 horas.
Dessa maneira, o espaço conta com 22 leitos, sendo 4 pediátricos, 10 de observação clínica (cinco para mulheres e cinco para homens), além de 6 leitos de estabilização e 2 de curta duração.
Por sua vez, a InSaúde contratou a São Francisco Serviços Médicos para fornecimento de serviços médicos para atuação na UPA Central.
Assim, criada em 2015 e com sede em Mogi das Cruzes, a empresa contratada tem o capital social de apenas R$ 10 mil.

UPA Central passa a ser gerenciada pela InSaúde, do interior paulista, que substitui a Fundação do ABC, que ficou à frente da unidade desde janeiro de 2016. Foto: Divulgação
‘Melhorias de processos e fluxos’
Em nota, a InSaúde informa que tem mais de 60 anos de atuação e presente em 17 projetos ativos em oito estados da federação.
Assim, além da área da Saúde, a empresa também presta serviços nas áreas de Educação e Assistência Social.
Na UPA Central de Santos, ‘o foco do trabalho será na melhoria de processos e fluxos, especialmente na assistência segura, humanizada e de qualidade para os pacientes’.
A empresa informa que o atendimento às normas sanitárias e trabalhistas será total para o cumprimento do plano de trabalho elaborado para o co-gerenciamento da UPA em parceria com a secretaria municipal de Saúde.
Assim, pelo menos 300 profissionais nas áreas administrativas, médica, assistencial e de apoio atuarão na unidade de saúde.
Portanto, os colaboradores que já trabalhavam na unidade de saúde tiveram prioridade.
Prefeitura
Em nota, a mudança na gestão da UPA Central ocorreu após a realização de chamamento público da secretaria municipal de Saúde.
Segundo a pasta, com o término do tempo de contrato com a Fundação do ABC houve a necessidade do novo edital.
Assim, a InSaúde sagrou-se vencedora e assumiu a gestão da UPA Central no dia 18 de fevereiro de 2022.
Por sua vez, os funcionários que já atuavam na UPA Central durante a gestão anterior foram convidados a permanecer em seus postos de trabalho.
“Uma vez que manifestaram interesse em continuar, foram contratados pela nova organização social, dentro dos dispositivos que regem a CLT”.
Assim, o escopo dos serviços prestados se manteve, algo característico de uma unidade de urgência e emergência.
Ou seja, atendimento porta aberta de clínica médica, ortopedia, pediatria e odontologia.
Além disso, está prevista ampliação no número de profissionais, de acordo com reestruturação proposta pela InSaúde.
O valor de contrato com a Fundação do ABC era R$ 2.025.089,01/mês.
Com a InSaúde, o contrato passou para R$ 2.091.417,00/mês.
Ao longo dos cinco anos, a diferença entre valores chegará a R$ 3,979 milhões – se não houver correção.
Sem resposta
A Reportagem contatou a Fundação do ABC.
No entanto, até o fechamento desta reportagem a empresa não retornou com sua posição.