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15 DE SETEMBRO DE 2008

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Informações de gastos ressaltam diferenças

As diferenças sociais tão presentes no nosso país em áreas como Habitação, Educação e Saúde são um dos principais desafios do governo brasileiro. Essas diferenças também se evidenciam nas campanhas eleitorais dos que disputam uma cadeira na Câmara de Santos. Enquanto uns dispõem de orçamentos “gordos” e têm a possibilidade de investir em campanhas publicitárias […]

Por: Da Redação

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As diferenças sociais tão presentes no nosso país em áreas como Habitação, Educação e Saúde são um dos principais desafios do governo brasileiro. Essas diferenças também se evidenciam nas campanhas eleitorais dos que disputam uma cadeira na Câmara de Santos.


Enquanto uns dispõem de orçamentos “gordos” e têm a possibilidade de investir em campanhas publicitárias e equipes, outros mal conseguem bancar o milheiro de santinhos. Alguns precisam de muito jogo de cintura para realizar campanha com R$ 65,00, que é o caso da candidata pelo PCdoB, Elis Granado Ferreira, outros apresentam um orçamento mais generoso, como o candidato pelo PMDB, Manoel Constantino, com R$ 91.905.30.


As diferenças aparecem, também, nos investimentos que os candidatos fazem com a verba disponível. Há os que, coerentemente, distribuem os gastos com publicidade, locações e pessoal. Outros, destinam grande parte do orçamento para um único fim, que é o caso do candidato pelo PMN, Écio Filho, que gastou cerca de R$ 69.540 só com locação de veículos (seu orçamento era de R$ 71.940).


Esses valores estão disponíveis no site do Tribunal Regional Eleitoral, num relatório que discrimina os recursos em dinheiro recebido para o financiamento da campanha e os gastos.


Quem gasta mais ou menos não é a única questão. Há outras curiosidades a serem observadas. Os candidatos pelo PRTB, por exemplo, parecem estar na disputa com os bolsos vazios. Isso porque, todos eles apresentam ganhos e gastos zerados. Os do PSDC não apareceram na lista.


Dos 317 candidatos que disputam uma cadeira na Câmara da Cidade, apenas 238 disponibilizaram seus gastos no site do TRE, na 2ª parcial que se encerrou no dia 6 de setembro. Na primeira parcial, em 6 de agosto, a participação foi ainda menor, 210 candidatos apresentaram suas contas.


Considerando que o único objetivo da divulgação desses gastos no site do TRE é o de informar o eleitor (a prestação de conta, completa, ao cartório só deve ser feita no dia 4 de novembro), essa é uma boa oportunidade de analisar o compromissso dos candidatos com a população, pois muitos deles sequer apareceram na lista. Alguns até resolvem dar o ar da graça, mas apresentam gastos e ganhos zerados. Difícil acreditar que um candidato à Camara não disponha de um centavo para realizar sua campanha.


Vale lembrar que, caso os valores apresentados em novembro não “batam” com os anteriores, os candidatos não são desaprovados ou recebem uma punição. De fato a Justiça Eleitoral pedirá esclarecimento, mas não há uma penalidade. Sendo assim, os que não disponibilizaram suas contas, demonstraram, implicitamente, que a transparência ao eleitor não é importante. O que vale mesmo é a entrega final, no cartório, às quatro paredes, quando o acesso do leitor à essas informações ficará dificultado.

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