Laboratório será diferencial para a Poli/USP Santos | Boqnews
Foto: Fernando de Maria

Educação

13 DE NOVEMBRO DE 2014

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Laboratório será diferencial para a Poli/USP Santos

Com um investimento aproximado de R$ 600 mil, o campus disponibilizará modernos equipamentos

Por: Fernando De Maria

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O diretor da Poli/USP, José Roberto Piqueira (ao centro), aposta que o campus santista se tornará referência na área de Engenharia de Petróleo no País

O diretor da Poli/USP, José Roberto Piqueira (ao centro), aposta que o campus santista se tornará referência na área de Engenharia de Petróleo no País

A partir de janeiro de 2015, quando o campus da Poli/USP completar quatro anos em Santos, os cerca de 100 alunos do curso de graduação e professores da área de Engenharia de Petróleo terão à disposição um dos mais modernos laboratórios deste segmento no País. Em um investimento aproximado de R$ 600 mil, o campus disponibilizará equipamentos que contarão com programas que serão usados, por exemplo, para modelar rochas onde se imagina que exista petróleo, fazer estimativas de reservas e determinar o local e a quantidade de poços de extração.

As 60 máquinas – com plataformas próprias para uso exclusivo de softwares voltado ao setor – já se encontram no campus santista, onde outrora funcionara o quase secular edifício onde abrigou o colégio Cesário Bastos, e permanecem guardadas em uma sala. A instituição está acertando detalhes para a instalação de softwares adaptados aos equipamentos e o aumento da banda larga da internet. Eles serão o ponto de partida para a criação do futuro Laboratório de Alta Performance Computacional (LAPeC).

Segundo o professor Ricardo Cabral de Azevedo, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo (PMI) da Poli, os equipamentos serão usados no ensino e na pesquisa e em disciplinas de graduação e pós-graduação. O novo espaço já tem atividades agendadas para o início do próximo ano.

Apesar das dificuldades financeiras que atingiram a USP, o diretor da Poli, Roberto Piqueira, aposta nos planos que a instituição tem para Santos e vê avanços em razão da potencialidade da região em áreas como petróleo e gás, porto, logística e o polo industrial de Cubatão. Aliás, ele inclui a Cidade, ao lado de São José dos Campos, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos, como a nova rota tecnológica paulista, que representa 45% de toda a produção científica brasileira e 52% dos investimento em pesquisa no País. “As oportunidades são enormes”, ressalta.

Mais cursos
Piqueira também destaca que a USP tem planos para trazer mais cursos para o litoral, região, aliás, que ficou durante décadas esquecida pela maior universidade do País. Houve uma tentativa infrutífera no final dos anos 80/início dos anos 90 para a instalação de uma unidade em Cubatão, mas que durou pouco tempo. O segundo curso que deverá aportar no litoral será o de Oceanografia, vinculado ao Instituto Oceanográfico (IO). Uma área em um antigo armazém portuário, no Centro, já está destinada para este fim.

Ele fala, com orgulho, da performance dos jovens do campus santista em prova específica que permitirá aos alunos conquistarem o diploma duplo, reconhecido no Brasil e também em outros países, como Alemanha e França. “É um resultado de excelência e que comprova que estamos no caminho certo”, exalta. Desta forma, ficará mais fácil aos jovens participar de intercâmbios em universidades do exterior. Ao todo, 12 professores atuam de forma de dedicação exclusiva no campus santista, além de outros docentes provenientes da Poli na Capital.

A ideia da construção de um novo prédio, no entanto, vai demorar. “Nossa escola é esta”, apontando o Cesário Bastos como o local do campus. Inicialmente, chegou a ser publicado no Jornal da USP, veículo oficial da instituição, a construção de um novo prédio em uma área hoje ocupada pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, em um investimento de cerca de R$ 70 milhões.

No entanto, a grave crise financeira da universidade, que provocou uma das mais longas greves da instituição este ano, postergou o sonho da nova edificação e a ideia foi adiada. “A ampliação será por módulos”, explica Piqueira, que pretende trazer novos cursos de Engenharia para o prédio da Avenida Rangel Pestana apenas a médio prazo. “Primeiros queremos consolidar o de Engenharia de Petróleo para depois trazermos outros, além de investirmos na pós-graduação”, enfatizou, durante a participação o II Workshop de Petróleo da USP, iniciado na segunda (10) e que termina nesta quinta (13).

O encontro ocorrido na quarta (12) contou com a presença também do gerente geral da Unidade Baixada Santista da Petrobras, Oswaldo Kawakami, o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Santos, José Antonio de Oliveira Rezende, o professor Marcio Yamamoto, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo e Ricardo Fujri, assessor da Secretaria de Estado de Energia.

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