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Dia das Mães

08 DE MAIO DE 2022

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Mães que fazem a diferença

Data comemorada neste domingo (8) é um momento especial de celebração e muito amor em família, entre mães e filhos

Por: Da Redação

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O sentimento de ser mãe é algo que só elas podem explicar. O que todos nós concordamos é que o Dia das Mães acontece nos 365 dias do ano e o segundo domingo do mês de maio é apenas mais uma oportunidade de reunir a família. Uma das características de quase toda mãe é fazer de tudo pelos filhos, independentemente dos desafios.

As histórias de Eliana Pereira, Valéria Ratto e Helena Fraga reúnem exatamente todo esse amor de mãe. As três tiveram filhos com o transtorno do espectro autista (TEA), no qual causa um distúrbio do neurodesenvolvimento que provoca um comportamento diferenciado. Como os casos dependem de cada pessoa, o apoio e o amor de mãe são fundamentais no desenvolvimento dos autistas.

Importante frisar que segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo convivem com alguma forma do transtorno.

Eliana Pereira

A pedagoga Eliana Pereira, 53 anos, sempre sonhou em ser mãe. Seu primeiro filho foi Renan que nasceu em 1993. Três anos mais tarde, ela teve Rodrigo, que antes dos dois anos foi diagnosticado com transtorno do espectro autista.

“Foi um susto enorme. Ele não falava, então resolvi procurar especialistas na área”, conta Eliana. Dessa forma, ela uniu a paixão com a dedicação em nível máximo para cuidar dos filhos.

“O Rodrigo tem o caso mais severo do autismo. Ele tem suas crises e quer chamar a atenção. Então, na infância, foi muito complicado, principalmente achar escola, pois muitos colégios não o aceitavam. Além disso, havia a questão de sair de casa, pois diversas pessoas ficavam o olhando em locais públicos”, comentou. Assim, ela precisou pedir demissão do trabalho e se dedicar aos filhos entre o fim da década de 90 e início dos anos 2000.

O esforço valeu a pena, Rodrigo hoje tem 26 anos e está em uma escola.

“A minha felicidade é vê-lo evoluindo. O pessoal da escola falou que ele está mais tranquilo e as crises diminuíram. Então, cada passo dele é motivo de um dar sorriso, pois ele e o Renan são tudo para mim”, enfatizou.

Ela reconhece que não tem rotina, diferentemente de outras mães que já tem filhos adultos, mas cita que agora está pensando mais nela.

“Depois de anos de dedicação, agora estou pensando mais em mim. O problema é que veio a pandemia, mas com a vacinação podemos ter uma vida normal”, concluiu. Por fim, ela enfatizou que ser mãe é uma missão desafiadora e gratificante.

“Eu espero que todas as mães tenham acesso à informação para assim nós construímos uma sociedade mais justa”, finalizou.

Eliana Pinheiro e seu filho Rodrigo/Foto: Acervo Pessoal

Valéria Ratto

Dedicada ao trabalho e estudo, a relações públicas Valéria Ratto, 50 anos, não planejava ser mãe. Entretanto, tudo mudou em 2004 com a gravidez de Nicolas, seu primeiro e único filho. Por conta da vida profissional agitada, ela colocou o filho nos primeiros meses de vida no berçário.

No início, Nicolas era uma criança risonha, mas com o passar do tempo, ele foi desenvolvendo alguns comportamentos, como o choro sem parar, crises e a falta de interação com os bebês do berçário. Isso chamou a atenção dos professores que a avisaram. “Como ele ficava em período integral na escola e eu não tinha experiência com criança, eu tinha pouca noção da situação. Eu procurei uma neurologista conhecida na Baixada Santista que deu o laudo de autismo quando ele tinha um ano”, citou.

Valéria explica que a ficha caiu mesmo no aniversário de 2 anos de Nicolas. “No aniversário dele de 1 ano foi no buffet e ocorreu tudo bem.

Já no segundo, ele só chorou e queria meu colo. É uma sensação difícil, fiquei mal por um período. Ele tem o autismo grau 3, então não fala”, comentou.

Mas Valéria encontrou forças e superou os desafios, como diria os contos infantis, algo que só a mãe tem. Dessa forma, a terapia e as atividades esportivas, como a natação foram fundamentais para Nicolas que teve um grande desenvolvimento ao longo na infância e agora na adolescência.

“Eu sou outra pessoa. O Nicolas me fez mudar a visão de mundo, se antes eu não queria ser mãe. Hoje sou grata por tudo, pois além de meu filho, ele é um grande amigo”, comentou. Além disso, Valéria também ressalta a importância da mãe ter um tempo só para ela.

Valéria Ratto e seu filho Nicolas/Foto: Acervo Pessoal

Helena Fraga

A empresária e escritora Helena Fraga decidiu adotar duas crianças após ficar viúva. Em 1995, veio João e em 2001, a Ana. “Sempre quis ser mãe e é importante pontuar que quem buscar adotar uma criança precisa fazer pelos métodos legais, seguindo todo o processo na Justiça”, citou a empresária.

Helena Fraga adotou João ainda bebê e na infância ele foi diagnosticado com autismo. “Primeiro, foi um susto. Era um tempo difícil, quando o autismo era pouco falado. Como eu sempre gostei de tecnologia, conversava com mães dos Estados Unidos pela internet que era completamente diferente dos tempos atuais”, citou.

As conversas online ajudaram muito a empresária a procurar métodos para ajudar João. O filho de Helena Fraga tem um autismo grau leve, ou seja, ele se comunica e inclusive trabalha com a mãe em um estabelecimento comercial em São Vicente. Como escritora, Helena

Fraga adora arte e cultura e neste ponto, ela e os dois filhos têm uma conexão muito forte. “Eu sou daquelas mães que levam o filho para todos os lugares. Um dos meus preferidos é o teatro. Inclusive, o João faz teatro e gosta muito de estar presente no palco”, salientou.

Para Helena, ser mãe é ter um olhar diferente, cuidar dos filhos, estar presente e logicamente levar amor. Por fim, a escritora enfatizou que as mães precisam ser tratadas como uma rainha pelos filhos no domingo. “No Dia das Mães, gosto de receber presentes e um carinho especial que está cada vez mais difícil com a rotina do dia a dia”.

Helena Fraga e seus filhos João e Ana/Foto: Acervo Pessoal

Amor de mãe

Apesar das diferenças, as histórias de Eliana Pereira, Valéria Ratto e Helena Fraga têm algo em comum com todas as mães do mundo, que é o amor pelos filhos, rompendo desafios, independentemente das circusntâncias da vida

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