A Maternidade do Hospital Municipal Irmã Dulce – da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande e gerenciado pela Fundação do ABC (FuABC) – conta com um novo cardiotocógrafo. Trata-se de aparelho acoplado no abdome da gestante para monitoração simultânea das condições fetais, através de medidas e registros do batimento cardíaco, movimento do feto e contração uterina materna.
O obstetra Hadi Ahmad El Malat, coordenador da Maternidade, esclarece que o aparelho é usado principalmente em ocorrências de pós-datismo, quando a gestação ultrapassa 40 semanas, para monitoração durante o trabalho de parto. “Utilizamos vários parâmetros para avaliar se o bebê está em sofrimento fetal e um deles é acompanhar seus batimentos cardíacos. Quando eles diminuem, pode ser caso de sofrimento agudo”, explica.
Chefe da equipe de Enfermagem da Maternidade, enfermeira-obstetriz Janete Carvalho Lopes, explica que este cardiotocógrafo apresenta vantagens em relação aos modelos mais antigos. “Ele oferece um diagnóstico mais seguro para a garantia da vitalidade do feto, além de ser mais preciso”, destaca. Outro benefício é o tamanho compacto do aparelho, que permite ser transportado com maior comodidade”, cita Janete, descrevendo que o aparelho é leve, portátil e com alça. Também possui software de transferência de dados para o computador e impressora embutida no próprio aparelho.
Máquina
O equipamento (Toitu modelo MT 516), considerado de última geração, tem procedência japonesa e se diferencia pela detecção do movimento fetal através de sinais de doppler, utilizando um algoritmo baseado no estudo do professor Kazuo Maeda, da Universidade de Tottori, Japão.
Método
O resultado do exame, chamado cardiotocografia, aponta o diagnóstico da situação com base no registro contínuo da frequência cardíaca fetal, da movimentação fetal e da contractilidade uterina, permitindo relacionar essas características para a avaliação do prognóstico. Método de diagnóstico não invasivo, que permite a avaliação indireta das condições de oxigenação do bebê através de transdutores externos colocados no ventre materno (um para captar a freqüência cardíaca do feto, outro para registro dos movimentos fetais e das contrações uterinas).
Entre as condições maternas que requerem atenção especial estão, por exemplo, hipertensão arterial crônica e doença hipertensiva da gravidez, descolamento prematuro da placenta, hemoglobinopatias e cardiopatias. O método também é utilizado na gravidez prolongada, caso anterior de natimorto ou óbito neonatal sem causa aparente, rotura prematura pré-termo das membranas, trabalho de parto prematuro, diabetes gestacional, hipertireodismo e gestação gemelar, entre outros.