Ministério da Saúde alerta para riscos de dengue na Baixada Santista | Boqnews
Foto: Arquivo / Agência Brasil

Saúde

18 DE FEVEREIRO DE 2019

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Ministério da Saúde alerta para riscos de dengue na Baixada Santista

Segundo o boletim divulgado em dezembro, São Vicente ainda concentra uma grande área de risco na região. Santos e outras quatro cidades estão em alerta

Por: Da Redação

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Os casos de dengue na Baixada Santista ainda não despertam alarme das secretarias de saúde locais.

No entanto, no último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro, mostrou que uma cidade da região se encontra em situação de risco.

No caso de São Vicente, os números mostram que, de 100 casas, seis já se encontram com larvas do mosquito (dados de dezembro do ano passado).

Ou seja, 6% das moradias se encontram com risco, segundo mostra o boletim.

Os demais municípios também preocupam, tendo cinco deles em estado de alerta (cor amarela).

São eles Santos (2,3%), Cubatão (1,3%), Guarujá (1,5%), Itanhaém (2,5%) e Peruíbe (2,2%).

Por outro lado, outros três estão em um estágio satisfatório: Praia Grande (0,6%), Bertioga (0,9%) e Mongaguá (0,7%).

 

Ministério da Saúde alerta para riscos de contaminação de dengue na Baixada Santista. Foto: Divulgação

 

Visão regional

Segundo a secretaria de Saúde de Santos, até o momento foi confirmado apenas um caso de dengue em 2019 – há outros 12 suspeitos em investigação.

A secretaria salienta que existe uma preocupação em especial: o retorno da circulação do sorotipo tipo 2 da dengue em nossa região.

“Este tipo está presente em outras regiões do Estado e circulou na Cidade pela última vez em 2010, quando ocorreram 8 mil casos da doença e 40 óbitos em Santos”, informa em nota. Questionada se há um crescimento dos casos nos últimos cinco anos, a secretaria foi contundente.

Os números demonstraram uma queda vertiginosa nesse período. Em 2014, foram registrados 2.217 casos de dengue entre munícipes de Santos (com cinco óbitos).

No ano passado, porém, foram 37 casos da doença (sem óbitos) – redução de 98% no período. Além da queda do casos, não há registros de moradores de Santos com sintomas da febre amarela desde 1998.

“No ano passado, houve o registro de dois casos da doença entre moradores de outras cidades (São Paulo e São Vicente) que passaram por atendimento em hospitais da Cidade”.

Ontem (13), a Prefeitura realizou no bairro do Jardim Castelo, na Zona Noroeste, mutirão de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, além da febre amarela urbana.

 

Cidade em risco

Única cidade regional a estar em estado de risco sobre a dengue, São Vicente ainda não registrou qualquer caso este ano, segundo a secretaria de saúde local.

Vale lembrar que, em 2018, entre janeiro e fevereiro, 116 casos de dengue foram confirmados.

No mesmo período, porém, foram relatados três casos de chikungunya, com dois deles acontecendo entre janeiro e fevereiro.

A pasta ainda assegura que, por meio do Departamento de Controle de Doenças Vetoriais, está promovendo campanhas de orientação e visitas de casa em casa em São Vicente.

Atualmente, 60 funcionários estão atuando, sendo 45 em campo, nas visitas (incluindo os supervisores).

Os outros 15 profissionais estão trabalhando em pontos de alto risco de infestação das larvas dos mosquitos.

 

Arte: Mala

 

Situações satisfatórias

Em Praia Grande, a Secretaria de Saúde confirmou a descoberta de um caso de dengue na região.

Contudo, estima, para este ano, apenas um caso. Assim como Santos, a região também não obteve elevações de diagnósticos nos últimos anos.

Mongaguá, assim como a Praia Grande, também apresenta níveis satisfatórios, conforme disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

Neste começo de ano, foram notificadas duas suspeitas do vírus. No entanto, a pasta ainda aguarda resultados dos exames.

Entretanto, a Secretaria confirma que houve um caso de febre amarela na região.

À época, o caso foi rotulado como ‘importado’. Ou seja, a pessoa não contraiu a doença na cidade, mas nela se tratou.

A pasta ainda salienta que haverá uma programação especial para amanhã.

Segundo ela, haverá uma orientação com distribuição de material educativo com o público da terceira idade no projeto Conviver-Unidade Centro.

Com relação à febre amarela, especificamente, as equipes de saúde têm incentivado a população a se vacinar.

Para isso, a municipalidade mantém todas as unidades básicas estão abastecidas com as doses.

“A cidade está bem próximo de atingir a meta de vacinação. Até o momento, mais de 40.100 pessoas já receberam as doses, correspondendo a pouco mais de 88% da meta estipulada pelas autoridades de Saúde, que é de 45.537 munícipes”. informa a nota.

Procurada, a Prefeitura de Bertioga não atendeu à reportagem.

 

Alarmante

As cidades que estão em sinal amarelo, como destaca o boletim do Ministério, também se posicionaram quanto ao número de infectados.

Conforme informado pela Secretaria de Saúde de Guarujá, neste ano, até o momento, não possui casos confirmados de chikungunya, zika e febre amarela.

Por outro lado, foi registrado uma queda de mais de 95% nos casos de dengue.

“Somente no ano de 2016, Guarujá teve 905 casos, contra apenas 40 registrados em todo o ano passado. Em 2017, o total chegou a 52 casos”, ressalta.

Neste ano, já foram notificados três diagnósticos apenas nos dois primeiros meses. Em comparação com o ano passado, no mesmo período, houve cinco casos.

Em Cubatão, não houve registros de infectados.

No entanto, a Administração Municipal contra com 19 Agentes de Controle de Endemias que atuam diretamente com arboviroses.

Segundo ela, esses profissionais contam com o apoio de 150 agentes comunitários de Saúde, que atuam de porta em porta de acordo com as políticas municipais de Saúde.

Por fim, a assessoria de imprensa de Peruíbe confirmou que há três pessoas com suspeitas de dengue.

Nos total dos últimos cinco anos, foram diagnosticados 463 casos.

Sendo, 2014 (164 casos positivos); 2015 (200 casos positivos); 2016 (96 casos positivos); 2017 (2 casos positivos) e 2018 (1 caso positivo).

Procurada, a Secretaria de Saúde de Itanhaém não atendeu aos pedidos da reportagem até o fechamento da mesma.

Profissional

O Chefe em substituição do Departamento de Vigilância em Saúde de Santos, Marcelo Brenna, em participação do Programa Entrelinhas, da Rádio Santos FM, oriento à população a não jogar lixo de forma indevida nas ruas, para, assim, não atrair ratos e mosquitos.
“Você cria um ambiente totalmente favorável à crianção de doenças”, explica.
Segundo Brenna, a questão de ter um maior cuidado com o saneamento ambiental adequado é fundamental para combater as doenças.
Durante a entrevista, o especialista aconselhou à população a acondicionar melhor o lixo, ou seja, não joga-lo em qualquer lugar.
Ele relata que o descarte do plástico também contribuiu para a proliferação de mosquitos e transmissores de doenças.
“A gente descarta este material de forma inadequada e em profusão. E nestes locais são os mais propícios para entupimento de drenagens.

Alerta

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para uma 3º onda de casos de febre amarela no País. Segundo a entidade, houve, pelo menos, 36 casos de febre amarela confirmados em humanos no período entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano.

O país registra ainda, segundo a Organização, oito mortes confirmadas por febre amarela no mesmo período.

Em matéria publicada pela Agência Brasil, a OMS informou que, entre os casos confirmados em humanos, 89% deles foram identificados em homens com média de idade de 43 anos.

E pelo menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais.

“Embora seja muito cedo para determinar se este ano apresentará os altos números de casos em humanos observados ao longo dos dois últimos grandes picos sazonais [o primeiro entre 2016 e 2017 e o segundo entre 2017 e 2018], há indicações de que a transmissão do vírus continua a se espalhar em direção ao sul e em áreas com baixa imunidade populacional”, destacou a entidade.
por meio de comunicado.

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