MPF denuncia integrantes de quadrilha que exportava cocaína pelo Porto de Santos | Boqnews
Foto: Divulgação

Operação Oversea

03 DE NOVEMBRO DE 2014

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MPF denuncia integrantes de quadrilha que exportava cocaína pelo Porto de Santos

Nove criminosos tentaram remeter 56 quilos da droga à Europa em março; autoridades apreenderam carga e € 230 mil que financiariam exportação

Por: Da Redação

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O Ministério Público Federal em Santos ofereceu mais uma denúncia contra integrantes de uma megaquadrilha que exportava drogas pelo porto da cidade. O grupo, formado por mais de 50 criminosos, foi alvo da chamada Operação Oversea, deflagrada no fim de março. O novo procedimento trata de uma apreensão realizada no dia 27 daquele mês, quando três pessoas foram presas em flagrante. Elas transportavam 56 quilos de cocaína oriunda da Bolívia que seriam remetidos para a Europa. As investigações apontaram nove envolvidos com a transação, entre eles dois colombianos, um uruguaio e um espanhol.

Os bandidos foram abordados nas imediações de uma lanchonete em Santos. A droga estava escondida em fundos falsos de um veículo. Em outra etapa da operação, as autoridades encontraram € 230 mil no quarto de um hotel próximo ao aeroporto de Guarulhos onde três dos denunciados se reuniram na véspera para concluir o negócio. O dinheiro seria usado para financiar a exportação. O carregamento seria inserido em um navio cargueiro no terminal Deicmar do Porto de Santos, onde, segundo os criminosos, haveria maior facilidade para a exportação.

As trocas de mensagens entre os envolvidos, legalmente monitoradas, permitiram o acompanhamento das ações e a apreensão do dinheiro e dos tabletes. O MPF quer que os denunciados sejam condenados por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e constituição de organização criminosa.

Até a deflagração da Operação Oversea, foram apreendidas ao todo mais de três toneladas de cocaína negociadas pela quadrilha desde julho de 2013. As investigações demonstram uma extensa ramificação do bando, cujas atividades envolveram inclusive a máfia italiana Ndrangheta e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas.

Foram identificadas duas células principais do grupo. Uma era responsável pela aquisição da droga em países vizinhos e o envio ao exterior. A outra cuidava da logística no terminal portuário, com atuação em diversos pontos de embarque. Os criminosos participaram de pelo menos 21 operações de exportação de cocaína.

Mais de vinte dos integrantes da megaquadrilha estão presos. Além da droga, as autoridades já apreenderam R$ 2 milhões em dinheiro e bens no valor total de R$ 30 milhões, entre eles imóveis, veículos e um barco de luxo. O MPF já ofereceu 13 denúncias contra o bando pelos crimes de tráfico de drogas, financiamento e associação para o tráfico e organização criminosa.

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