Arrecadação de multas aumenta e ajuda CET Santos a fechar no azul em 2018 | Boqnews

Balanço

10 DE ABRIL DE 2019

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Arrecadação de multas aumenta e ajuda CET Santos a fechar no azul em 2018

Com o lucro obtido no ano passado, graças ao aumento na arrecadação de multas e no refinanciamento da dívida com o INSS, CET fechou as contas no azul em 2018, algo inédito.

Por: Fernando De Maria

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Um aumento de 24,1% na arrecadação de multas ajudou a CET Santos a fechar o balanço de 2018 no azul.

É a primeira vez que a empresa de trânsito santista diminui sua dívida.

Os dados estão disponíveis ao comparar os balanços da empresa em 2017 e 2018 publicados no Diário Oficial dos dias 28 de março de ambos os anos.

No ano passado, a arrecadação de multas representou R$ 45,3 milhões, contra R$ 36,4 milhões em 2017.

O volume ajudou a diminuir a dívida da CET e reverteu uma tendência de alta contínua.

Em 31 de dezembro de 2016, a empresa fechou com um prejuízo acumulado de R$ 70,4 milhões.

Número que cresceu para R$ 78,5 milhões no ano seguinte.

Assim, em 2018, houve a redução para R$ 53,3 milhões.

Uma diferença de R$ 25,2 milhões.

 

A CET Santos teve superávit no ano passado, graças também ao aumento significativo no volume arrecadado de multas. Foto: Ronaldo Andrade/PMS

‘Não é indústria de multas’

O alívio, porém, não se limita ao aumento do recebimento das multas, mas à adesão ao parcelamento de dívidas da empresa junto ao INSS, com refinanciamento dos valores (Refis) devidos na ordem de R$ 21,6 milhões.

Ou seja, se não houvesse o refinanciamento, as multas teriam um peso bem menor no balanço da empresa, que fecharia no vermelho.

“Na prática, o lucro foi contábil, pois com o Refis conseguimos equilibrar as contas da CET, pagando os impostos em dia e negociando as dívidas anteriores”, esclarece o presidente da empresa, Rogério Vilani.

Ele acrescenta que o aumento na arrecadação não tem relação com o crescimento no volume de multas aplicadas.

Ao contrário, garante a CET.

“Não somos uma indústria de multas”, enfatiza.

Afinal, segundo a empresa, em 2017, foram 267.577 notificações, incluindo as multas dos radares, CET, Polícia Militar e Guarda Portuária.

No ano passado, 263.013.

Portanto, redução de 13%, conforme números oficiais.

Vilani explica que não há milagre nesta relação diminuição no número de multas e aumento na arrecadação.

“As pessoas estão se conscientizando mais e pagando as multas”, crê.

As multas mais aplicadas são as de excesso de velocidade registradas pelos radares.

Os da avenida Perimetral lideraram as queixas, totalizando 15.312 notificações em ambos os sentidos.

No local, a velocidade é de 40 km/h, surpreendendo muitos motoristas.

 

Do prejuízo ao lucro

Na análise dos resultados, a empresa saiu de um prejuízo líquido de R$ 8 milhões em 2017 para um lucro de R$ 23,6 milhões no ano passado, graças ao Refis e o aumento expressivo na arrecadação de multas.

Ou seja, cada cota passou de R$ 5,40 negativos para R$ 15,76 positivos em um ano.

 

Outras receitas

Analisando as receitas, fica claro a importância do aumento na arrecadação das multas para amenizar o déficit contínuo da CET.

O repasse da Prefeitura ao município foi mantido em ambos os anos: cerca de R$ 22 milhões.

Por sua vez, ocorreram quedas nas arrecadações na prestação de serviço de remoção e guarda de veículos e caçambas de R$ 392 mil para R$ 374 mil (-4,8%); recebimentos por trabalhos em eventos e obras (-13,6%), caindo de R$ 1 milhão para R$ 881 mil.

E até o volume de arrecadação da Estação Rodoviária sofreu redução de 1%, de R$ 5 milhões para R$ 4,9 milhões.

Isso sem contar a inflação oficial de 3,75% no ano passado.

Ou seja, as reduções, levando em consideração o período inflacionário, foram ainda maiores.

Depois das multas, entre as receitas próprias, o único crescimento expressivo foi no Estacionamento Regulamentado, com aumento de 9,7%, passando de R$ 3,18 milhões para R$ 3,52 milhões na arrecadação da CET.

 

Uma das vias mais importantes, a Ana Costa carece de pintura de solo em vários pontos ao longo da avenida. Fotos: Nando Santos

Sem sinalização horizontal

Na comparação entre os anos, houve um aumento em quase 50% no total de intervenções na Central Semafórica para otimizar os tempos e reparos nos semáforos, passando de 1003 em 2018 para 1541 no ano passado.

Também cresceu em 2,3% o total de atendimento a guinchamentos (estacionamento irregular, acidentes, veículos quebrados).

Eles passaram de 7.573 em 2017 para 7.750 em 2018.

A despeito do crescimento do volume de sinalização horizontal em quase 81% (de 18.470 a 10.201 m2), conforme anunciado pela CET, a situação é crítica em alguns pontos.

É o caso de vários cruzamentos da Avenida Ana Costa, como nas proximidades das ruas Espírito Santo e Pedro Américo, onde as faixas simplesmente desapareceram, colocando em risco os pedestres.

Nas redes sociais, críticas não faltam sobre a falta de pintura de solo, conforme postagem publicada no Facebook do Boqnews.

O munícipe Leonardo Perez reclama do problema no cruzamento da Rua Goiás com Avenida Conselheiro Nébias e trechos ao longo da Avenida Afonso Pena.

As internautas Edna Fernandes e Katia Cris também criticam a falta de pinturas ao longo da Avenida Bernardino de Campos.

Na Câmara, vereadores costumam apresentar a cada sessão requerimentos pedindo pela pintura de solo em vários trechos da Cidade.

 

 

 

 

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