A exemplo do que ocorrerá com a concesão das rodovias SP-088, SP-08 e SP-055, que integram a Grande São Paulo ao litoral paulista, leiloadas no último dia 16 de abril, o sistema de cobrança do futuro túnel Santos-Guarujá também usará o sistema free-flow.
Eles serão instalados em ambos os lados dos túneis por meio de pórticos instalados logo na entrada de cada acesso ao túnel.
Portanto, não haverá pedágios físicos, como ocorre nas balsas.
Assim, como no próprio sistema Anchieta-Imigrantes e demais estradas concedidas, como Padre Manuel da Nóbrega (Litoral Sul) e Cônego Domênico Rangoni (Guarujá)
Aliás, a cobrança terá o mesmo valor da tarifa das balsas – que não deixarão de existir.
Hoje, o valor é de R$ 12,30 – com cobrança única do lado de Guarujá.
Se fosse hoje, o valor de acesso ao túnel seria de R$ 6,15 de cada lado.
Traçado do futuro túnel entre Santos e Guarujá. Foto: Divulgação
Como pagar?
Nem todos pagarão pelo uso do túnel.
Ciclistas e pedestres estarão livres da cobrança.
Já os demais usuários terão duas alternativas.
O pagamento será por meio de tags – como Sem Parar, Conect Car e outras.
Alguns bancos, como o Itaú, também fornecem o equipamento, que pode ser gratuito de acordo com o perfil do cliente.
Assim, quem usar esta tecnologia, terá desconto de 5% no valor – na prática, desconto de R$ 0,30 com valores atuais, como explicou a diretora econômico-financeira da Cia Paulista de Parcerias do Governo de São Paulo, Raquel Carneiro.
Ela foi uma das participantes da audiência pública realizada em Santos e Guarujá na semana passada.
Cronograma das atividades
E quem não tiver?
Por sua vez, quem não tiver o equipamento, terá que fazer o pagamento em até 15 dias no portal específico a ser criado.
Caso contrário, receberá multa por evasão de pedágio.
Toda a arrecadação ficará para a operadora vencedora da licitação.
Assim, a estimativa é que 130 mil veículos passem pelo túnel mensalmente – média superior a 4 mil/dia.
O montante leva em consideração o total anual, com as devidas alterações durante as temporadas.
Assim, a variação tarifária prevê uma variação de 90% a 110% deste montante.
Se for a menor, o Estado fará a compensação financeira.
Se for a maior, a concessionária repassará parte dos recursos para o poder concedente para que sejam feitas obras de melhorias no entorno.
Raquel também explicou que há possibilidade dos valores a serem cobrados para caminhões – dependendo dos eixos – sejam superiores, o que inibiria a circulação de grandes veículos dentro do túnel.
Os que trafegam com produtos perigosos, como combustíveis, não poderão circular pelo túnel.
“Para estes, a estrada continuará sendo a alternativa”, diz.
Interessados em colaborar com sugestões têm até a próxima sexta (3) para encaminhar as sugestões
E também para o governo do Estado
Imagem de como será o futuro acesso ao túnel. Foto: Divulgação
Investimentos de quase R$ 6 bilhões
Qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, o projeto do túnel imerso prevê investimento total de R$ 5,96 bilhões.
Deste montante, 86% deverão vir de aporte público dividido igualmente entre o Governo de São Paulo e a União, além de participação da iniciativa privada.
Ou seja, R$ 5,13 bilhões divididos 50% para o governo paulista e 50% para a União.
Leia mais neste link
Confira as notícias do Boqnews no Google News e fique bem informado.