Pandemia trouxe desemprego e soluções | Boqnews
Carteira de trabalho Foto: Divulgação/Frederico Haikal

Economia

26 DE JUNHO DE 2020

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Pandemia trouxe desemprego e soluções

Perda de empregos, comércios fechados, famílias endividadas: cenário delicado para muita gente em razão da pandemia

Por: Da Redação

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Uma das maiores perdas provocadas pela Covid-19 é o desemprego. Infelizmente no Brasil e no mundo, milhares de pessoas já foram demitidas do trabalho diante dos reflexos causados em razão da pandemia.

A situação também é grave para os pequenos empresários que precisaram financiar empréstimos, com objetivo de seguir em funcionamento; já outros optaram por encerrar as atividades.

Segundo estimativa da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a taxa de desemprego deve atingir a 14,2% até o fim do ano.

Portas fechadas fazem parto do cotidiano na Cidade, mesmo com a fase laranja do Plano SP/ Foto: Humberto Challoub

Só em maio, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE) 11,5% dos trabalhadores brasileiros ficaram sem remuneração, representando 9,7 milhões da população. No Sudeste, região mais populosa do país, o índice chegou a 4,19 milhões.

Além disso, 18,3 milhões de pessoas tiveram redução da jornada de trabalho. Isso significou também uma diminuição no salário.

De acordo com a professora de Economia da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Célia Ribeiro, os impactos da crise ainda são imprevisíveis “Podemos afirmar que a informalidade que atingiu o percentual de 41,1% no último trimestre de 2019, com um total de 36,8 milhões de trabalhadores sem carteira assinada, vai aumentar ainda mais”.

A economista ainda citou que os mais jovens do mundo inteiro sofrerão com a falta de oportunidades e também destacou o aumento da pobreza pela queda da renda além da exclusão social.

Desemprego e Soluções

Na Baixada Santista ocorreram milhares de demissões, nos mais diferentes setores como no setor portuário, comércio, escolas e academias, entre outros.
Emerson Carvalho foi demitido por telefone, após trabalhar durante 10 anos em uma empresa de pescados. Dessa forma, outros funcionários também foram demitidos e ele teme pela incerteza do futuro “Muito difícil essa situação. Não sei como será daqui para frente, pois tenho uma filha de 3 anos. Espero arrumar outro emprego logo, porém faltam opções no mercado”

Quem também precisou lidar com a crise foi Vitorya Rodrigues, que atuava na parte de marketing e de cadastro de produtos em uma loja de shopping. A estagiária estava na empresa há cerca de um ano e por não ter conteúdo para trabalhar e com as quedas nas vendas, acabou sendo demitida no começo de maio.

Apesar disso, Vitorya ressaltou que se o panorama voltar ao normal, a empresa irá recontratá-la. Enquanto isso, ela resolveu empreender abrindo uma agência de marketing digital com mais duas amigas, onde é possível organizar tudo virtualmente. Em pouco tempo, a agência “Adora Marketing” já atraiu clientes até de Manaus, sendo um dos exemplos de modelo de economia criativa.

Outra pessoa a perder o emprego e encontrar uma solução foi Francisca Baeza, demitida de uma loja de roupas, por conta do fechamento do comércio em razão da quarentena.

Ela viu no momento de dificuldade uma grande oportunidade ao abrir um comércio com produtos de acessórios femininos para todo o Brasil, divulgando o material nas redes sociais que podem ser encontradas no Instagram (@con.ceitobe). De acordo com Francisca, o projeto está melhor até do que ela imaginava, com boas vendas.

Brincos e colares são algumas das peças mais vendidas/ Foto: Divulgação

Flexibilização

Apesar da região estar na fase laranja, com reabertura em horário reduzido do comércio e shoppings, a tendência é que o comércio não volte a ter o faturamento que tinha antes da pandemia por um bom tempo.

Isso porque, as pessoas tiveram uma diminuição considerável do poder de compra, como foi visto nas datas comemorativas da Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Todavia, com a reabertura a previsão é de uma leve melhora, sobretudo para os microempreendedores.

Contudo, alguns setores tiveram um baque sem precedentes, pois ainda não voltaram às atividades, como as casas de shows, eventos esportivos com público, cinemas e teatros.

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