Durante o eleitoral gratuito, em 2016, Santos foi mostrada como um canteiro de obras, com diversas intervenções e realizações simultâneas em todas as áreas.
Os trabalhos realizados pela Administração Municipal e o amplo tempo de rádio e TV, em um arco de aliança formado por 16 partidos, garantiram ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) uma reeleição tranquila.
Na ocasião, ele obteve 77,74% dos votos válidos – um recorde em termos percentuais. Foram 172.215 sufrágios, o segundo maior na política santista.
Bem distante, portanto, da segunda colocada, a candidata do PCdoB, Carina Vitral, que ficou com 14.650 votos (6,61%).
Pesquisa realizada pela Enfoque Comunicação/Boqnews às vésperas daquela eleição (23 a 28 de setembro/2016) registrada na Justiça Eleitoral já antecipava a larga vitória que o prefeito teria, feito confirmado com a abertura das urnas.
Na ocasião, Paulo Alexandre tinha 65,6% de aprovação (conceitos ótimo e bom), 25,3% de regular e apenas 8% de ruim e péssimo. Um cenário perfeito para a obtenção da votação expressiva.
Tanto que a nota do seu governo à ocasião era 7,0 na média ponderada e 72,2% dos eleitores aprovavam a forma como ele administrava o Município.
Apenas 14,2% o desaprovavam.
Não bastasse, 62,5% disseram confiar no trabalho de Paulo Alexandre à frente da Prefeitura e somente 19,1% informaram o oposto. O restante não soube informar.
Os indicadores positivos, portanto, eram próximos dos percentuais de votação registrados dias depois referendando a elevada avaliação.

Eleito com percentual recorde, prefeito sente o desgaste do primeiro ano do segundo mandato. Queda acentuada na popularidade. Foto: Rom Santa Rosa/Arquivo
Cenário mudou
Passado o primeiro ano do segundo mandato, o cenário é bem distinto, com índices de popularidade diferentes dos apresentados durante a campanha eleitoral.
Conforme o novo levantamento – o primeiro realizado e divulgado pela Imprensa após a eleição de 2016 – hoje, quatro dos dez eleitores consideram sua administração regular e 33,1% a classificam como ruim e péssima.
Por sua vez, apenas 21,7% o consideram bom ou ótimo. Ou seja, em 15 meses, Paulo Alexandre caiu nestes conceitos 43,9 pontos percentuais – uma média de 3,0/mês.
A decepção em relação ao início deste segundo mandato é visível: a insatisfação atual (ruim e péssimo) chega a 33,1% – ou seja, 1/3 do eleitorado.
Percentual quatro vezes superior ao de 15 meses atrás.
Alguns indicadores ajudam a explicar esta situação.
Os índices positivos sobre o atual mandato (quer resolver os problemas/cuida do cotidiano da Cidade/surpreendeu positivamente) atingem, somados, 32,3%.
Já os negativos (não quer resolver problemas, não cuida do cotidiano e surpreendeu negativamente) chegam a 53,3%.
Outro aspecto corrobora esta mudança de humor do eleitorado santista: em 15 meses, a aprovação ao governo caiu mais da metade: de 72,2% em setembro/16 para 32,7% atuais. Como consequência, triplicou a desaprovação: de 14,2% para 47,5%.
E assim, o grau de confiança, que chegou a 62,5% às vésperas da eleição, despencou para 25,2%.
Em contrapartida, quase triplicou a desconfiança: de 19,1% para 54%.
Como resultado, a nota que os santistas davam ao prefeito caiu de 7,0 na época para 5,1 atualmente.
Altos e baixos
A Saúde é o setor que mais recebe críticas da população, com 27,7% das citações, seguido da Segurança e Educação.
Sobre os itens positivos, os elogios vão para a coleta de lixo (31,6%), Turismo e Lazer e Transporte Coletivo.
A pesquisa completa pode ser acessada em boqnews.com/pesquisas/