População participa de audiência sobre implantação do Instituto Federal | Boqnews
Foto: Carlos Nogueira/PMS

Santos

30 DE JULHO DE 2025

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População participa de audiência sobre implantação do Instituto Federal

Estudos apontam para a realização de cursos de tecnologia, energias renováveis, meio ambiente, desenvolvimento de sistemas, gestão e economia criativa

Por: Da Redação

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A primeira audiência pública sobre a implementação do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Santos reuniu autoridades, estudantes, educadores e representantes da sociedade civil na noite de terça-feira (29), no auditório do Parque Tecnológico de Santos (Vila Nova), sede provisória da unidade.

Conduzido pela reitoria do IFSP e pelo diretor-geral do campus, José Roberto da Silva, o evento teve como objetivo apresentar à população a estrutura do novo campus, discutir os cursos planejados e os próximos passos da implantação.

“Ver essa casa cheia é um prazer imenso. Audiência pública é isso, uma junção de ideias diferentes para chegarmos num objetivo comum. O Instituto Federal não vem para competir, mas para somar com as instituições de ensino da Cidade”, pontuou José Roberto, reforçando a proposta de diálogo permanente.

Durante a audiência, foi detalhado o acordo firmado em junho entre o IFSP, a Prefeitura de Santos e a Fundação Parque Tecnológico, que assegura o uso do espaço por cinco anos enquanto avança o processo para construção da sede definitiva. Segundo José Roberto, a recepção no Parque foi fundamental. “O acolhimento que tivemos aqui nos deu a certeza de que vai dar certo. Quando se é bem recebido, tudo caminha melhor”

A vice-prefeita e secretária de Educação, Audrey Kleys, reforçou a importância da iniciativa. “Será mais um grande avanço para a nossa Cidade, que irá oferecer cursos técnicos aos jovens”, disse ela, acrescentando o impacto da iniciativa no programa Santos Jovem Doutor, que funciona no Parque Tecnológico. “Eles terão a oportunidade de vivenciar de perto o que é um Instituto Federal, de conviver com laboratórios, de compreender novas possibilidades de futuro”, afirmou. A vice-prefeita também destacou a instalação da unidade móvel de telemedicina no local, o que ampliará ainda mais as experiências educativas.

Entre as possibilidades em estudo estão cursos técnicos e superiores nas áreas de tecnologia, energias renováveis, meio ambiente, desenvolvimento de sistemas, gestão e economia criativa. A definição da grade curricular será feita a partir de análises técnicas e das contribuições da comunidade, colhidas ao longo das três audiências públicas previstas.

“Aqui na Baixada, os campi de Santos, Guarujá, São Vicente e Cubatão terão que conversar entre si. Não faz sentido todos oferecerem os mesmos cursos. Vamos integrar os esforços para atender a região de forma complementar”, explicou José Roberto.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Rafael Scarazatti, representando o reitor do IFSP, professor Silmário Batista, pontuou o papel do Instituto como agente transformador dos territórios. “O Instituto Federal não vem para formar apenas para o mercado, mas para o mundo do trabalho, com uma educação cidadã. O estudante participa de iniciação científica desde o ensino médio e se forma como alguém que compreende o contexto do seu território e atua para transformá-lo”.

Eduardo Bittencourt, presidente do Parque Tecnológico, destacou a importância da parceria para acelerar o processo de implantação. “O Parque está de portas abertas. Tudo o que o Instituto precisar, vamos nos desdobrar para viabilizar. Sabemos o impacto positivo que isso trará não só para Santos, mas para toda a região”, afirmou.

Ele também apontou o papel do Parque como estrutura de apoio ao empreendedorismo e inovação. “Queremos que qualquer jovem da comunidade perceba que pode vir aqui, desenvolver um projeto, se capacitar. E agora, com o Instituto Federal, essas possibilidades se multiplicam”.

A previsão é que o Campus Santos inicie atividades de forma gradual a partir de 2026. Segundo o IFSP, o modelo de implantação passa por um processo participativo e técnico. “As audiências públicas não são mera formalidade. Elas fazem parte do planejamento institucional e ajudam a definir os cursos com base nos arranjos produtivos, sociais e culturais da cidade”, disse Scarazatti.

José Roberto concluiu ressaltando o compromisso do Instituto com a educação pública e com a Cidade. “Trabalhamos com dinheiro público, por isso precisamos dar resultado. E o resultado só vem com escuta, planejamento e integração com o território”.

Além disso, ainda estão previstas mais duas audiências públicas, uma no mês de agosto e outra em setembro, com datas a serem confirmadas. Mais informações aqui.

 

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