Eles estão por todos os lugares, são considerados inofensivos por muitas
pessoas e, normalmente, atraem a atenção das crianças. Trata-se dos
pombos que ao encontrar o farto alimento na cidade, se reproduzem mais rapidamente, desencadeando sérios problemas à saúde pública, com uma relação de aproximadamente 40 doenças transmissíveis, como toxoplasmose, salmonelose e clamidiose.
Segundo o chefe da Sevicoz (Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses), o médico veterinário, Laerte Gonçalves, a diminuição de pombos no centro urbano é necessária e possível com a conscientização da população. Pombos são como ratos de asas, invadem e contaminam os ambientes com maior eficiência”, comparou o veterinário.
Como primeira medida, Gonçalves recomenda o corte do fornecimento de alimento a esses animais. As rações dos cães, gatos e pássaros também atraem os pombos e não devem estar em locais de fácil acesso. “Se todos tomarem essa primeira atitude, os pombos migrarão para a natureza em busca do seu alimento”, explicou o veterinário. Outras medidas são fechar os acessos aos forros e varandas, retirar os ninhos e manter a lixeira sempre tampada.
O contato com as fezes deve ser evitado, pois ao ressecar, suas
partículas em suspensão podem ser aspiradas pelo homem e provocar as
doenças. Além disso, por serem ácidas, as fezes corroem metal, descolorem pedras, apodrecem madeiras, danificando monumentos e até veículos.
Para a limpeza, é preciso molhar o local com água e cloro, no mínimo, por uma hora. Também deve-se usar botas, luvas, máscara, camisa de manga comprida e calça.
Legislação
Segundo a Lei 9.605 de 12/02/98, do Ibama, as ações que provocam morte, ferimento, maus-tratos e apreensão de pombos podem
resultar em pena reclusiva inafiançável de até cinco anos.