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Mães de Maio

10 DE DEZEMBRO DE 2021

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Cidade rende homenagem às vítimas das mortes de maio de 2006

Localizada em frente ao número 380 da Avenida Jovino de Melo, na Zona Noroeste, a obra simboliza a paz ao invés da violência.

Por: Da Redação

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A data não poderia ser mais significativa.

Afinal, hoje é o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Assim, sentimentos de gratidão e saudade se fizeram presentes na inauguração do ‘Monumento em Homenagem à Família’, na Praça Domingos Aulicino (Santa Maria, Zona Noroeste), na tarde desta sexta-feira (10).

O espaço é uma homenagem ao movimento ‘Mães de Maio’, rede criada por familiares dos jovens mortos em 2006, após onda de ataques entre agentes estaduais e sociedade civil.

O movimento é coordenado por Débora Silva, que perdeu seu filho  Rogério, aos 29 anos, em 2006.

Rogério foi uma das mais de 560 pessoas que morreram no estado em uma semana.

Assim, Débora virou símbolo do movimento e lutava há anos por um memorial que resgatasse, em parte, a luta por justiça para identificar os responsáveis pelas chacinas.

Até hoje, o Estado não reconhece os autores dos crimes.

À época, entre os dias 12 e 21 de maio, diversos atentados causaram a morte de 564 pessoas, sendo 74 na Baixada Santista.

Luta pelo reconhecimento está simbolizada no novo espaço público. Familiares prestigiaram o evento, marcado por emoção. Foto: Francisco Arrais/PMS- Divulgação

Obra

Localizada em frente ao número 380 da Avenida Jovino de Melo, a obra conta com uma rampa de acesso à escultura.

Ela tem em seus contornos a imagem de 11 pessoas com os braços erguidos e seis buquês de rosas, simbolizando a paz.

Dessa forma, o artista Luís Garcia foi responsável pelo projeto do Monumento.

Portanto, a cerimônia de inauguração contou com a presença de familiares das vítimas, do prefeito Rogério Santos, vereadores e outras autoridades municipais.

Assim, para o prefeito, mais do que uma homenagem às vítimas e seus familiares, a obra é um símbolo da luta pelo diálogo.

“Essa praça representa a família e também personifica as mães guerreiras, que não usam pistolas ou revólveres, mas sim distribuem rosas e o sentimento de paz”, disse.

Vivemos numa sociedade violenta e intolerante. Precisamos nos unir em prol do diálogo”, ressaltou.

“A inauguração desse monumento traz um sentimento de gratidão, mostrando que nossos mortos têm voz. Digo até que não é um monumento, mas sim um memorial para que todas as vítimas sejam sempre lembradas, jamais caiam no esquecimento”, disse a fundadora do Movimento, Débora Santos.

O espaço, agora, ficará eternizado para as atuais e futuras gerações saberem um pouco desta triste história recente da nossa sociedade.

 

 

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