A Câmara de Santos aprovou nesta terça (10), em segunda discussão, a tradicional Procissão de Iemanjá, declarada como Patrimônio Imaterial e Cultural do Município de Santos
A data integra o Catálogo Municipal do Patrimônio Cultural de Santos, celebrada no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá.
Ela consta do calendário oficial da cidade, conforme Lei nº 2.103/03. Portanto, completará 25 anos em fevereiro próximo.
O evento homenageia o orixá feminino (divindade africana) das religiões candomblé e umbanda.
Neste ano, o evento ocorreu no dia 25 de fevereiro.
A propositura é do vereador e presidente da Câmara, Carlos Teixeira Filho (PSDB), o Cacá.
Também falaram de forma favorável sobre o projeto os vereadores Ademir Pestana (PSDB), Augusto Duarte (União), Benedito Furtado (PSB), Chico Nogueira (PT), Débora Camilo (PSOL) e Fabrício Cardoso (Podemos).
Na sessão, Cacá destacou a importância da homenagem em respeito às todas as religiões.
“Santos é uma cidade que abre espaço para todas as matrizes religiosas”, salientou durante sua fala.
Com as galerias lotadas de fieis e simpatizantes, a proposta recebeu o aval dos vereadores – alguns deixaram o plenário na hora da votação em razão de pertenceram a outras religiões.
A homenagem reitera uma luta antiga dos fieis.
Afinal, foram meses de espera pela instalação da estátua nos jardins junto ao Aquário, na Ponta da Praia.
Vereadores ligados a outras religiões colocaram dificuldade para aprovação da proposta, que acabou sendo aceita e inaugurada em 2 de fevereiro de 2021 – um ano depois da confecção da obra.
A proposta agora vai para sanção ou não do prefeito Rogério Santos (Republicanos).
Confira a sessão
Dia de Iemanjá
O Dia de Yemanjá ou Odoyá, popularmente conhecida pelos brasileiros como Iemanjá – a orixá da religião Yorubá – significa “Rainha das águas, mares e oceanos”.
A festa tem a finalidade de agradar a rainha do mar, na esperança de que ela possa abençoar cada vez mais a cidade de Santos, os pescadores e a todos aqueles que vem a ela pedir uma graça.
Independente de religião, as pessoas comemoram, levando flores, perfumes, champanhe e velas em uma confraternização que em 2 de fevereiro de 2025 completará 25 anos.
Apesar do seu caráter religioso, a Procissão de Iemanjá tem um viés cultural, turístico e econômico,.
Pessoas de outros estados, aliás, participam das comemorações.
A expressão afro é apresentada por meio da musicalidade, dos grupos de afoxés, grupos de dança, do artesanato, das comidas típicas, dos instrumentos, dos ritmos que contagiam a todos que ali estão presente, no momento de agradecimento a Iemanjá.
A primeira edição da festa ocorreu em fevereiro de 2000, entrando no calendário oficial da Cidade em 2003 na gestão do ex-prefeito Beto Mansur.
Integra também o Calendário Turístico do Estado de São Paulo, conforme projeto do então deputado Fausto Figueira (PT).
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