
Refugiados sírios foram contemplados com doações no último ano. Meta neste ano é chegar a 400 brinquedos confeccionados pelos alunos da escola santista. Foto: Divulgação
As guerras que assolam o mundo constantemente atrapalham o desenvolvimento de milhares de refugiados que se sentem obrigados a deixar o país de origem e se aventurar em outros.
A Síria, por exemplo, convive com problemas políticos há quase uma década e observa, constantemente, a fuga da população.
Pensando em, ao menos auxiliar a adaptação, a professora da Unidade Municipal de Ensino de Santos Prof. Therezinha de Jesus, no Morro do São Bento, na R. São Roque, s/n, em Santos, no litoral paulista, Renatta Burgos criou o projeto O tear de nossas histórias na construção do mundo.
O objetivo deste projeto social é apenas um: fazer o bem ao próximo.
Desenvolvido desde fevereiro de 2018, Renatta conta que acredita na educação como meio de transformação social.
“Em um mundo onde faltam ações que envolvam empatia e solidariedade, esse projeto social tem nos permitido vivenciar que com a linguagem do amor não existem fronteiras”, afirma.
No entanto, neste ano, ela continua com a classe do 4º ano.
Em sala, ela explica sobre guerras, refugiados e toda a problemática envolvida.
No projeto, os alunos aprenderam a costurar aos refugiados e fazer o bem ao próximo, mesmo sem conhecê-los.
Desde o ano passado, os estudantes já confeccionaram bolas de tecido, bonecas de pano, cobertores e colchas de retalhos.
Contudo, neste gesto nobreza e fraternidade, uma mensagem é traçada em três palavras: amor, paz e esperança.
Segundo a professora, desde os retalhos arrecadados na comunidade e nas famílias até às oficinas de costura, tudo tem um significado fraterno.

Projeto está no segundo ano de funcionamento e traçou metas ousadas para este ano, conforme destaca Renatta (agachada à direita). Foto: Divulgação
Doações
Se no ano passado a solidariedade abraçou refugiados em São Paulo, mais precisamente no Instituto Base e Gênesis, a meta para este ano é mais ousada.
Com 200 doações feitas anteriormente, a professora informa que, até outubro, a meta é confeccionar 400 brinquedos.
Ela pretende realizar as entregas até outubro.
“Esse ano já temos cerca de 200 brinquedos prontos para uma nova doação”, relata.
Entretanto, não para por ai.
Mesmo que o montante seja dobrado, a real meta é que estes brinquedos cheguem aos campos de refugiados espalhados ao redor do mundo.
“Estamos tentando ajuda para que esses brinquedos artesanais cheguem aos acampamentos onde eles estão nas fronteiras dos países na Europa”, conta.
Contudo, esta busca é contínua.
Segundo a professora, a TV Globo, do Rio de Janeiro, os procurou para saber mais detalhes sobre o projeto, porém nada foi firmado entre as partes.
Mas isso não a impede de pensar no próximo. E sonhar com esta ideia
Os alunos que participam da ação são, em muitos casos, de comunidades carentes, portanto, aprenderam que só basta amar o próximo para se tornar ainda mais fraternos.
“Foi um momento de extrema emoção, pois confirmamos o quanto precisamos uns dos outros e como o amor pode quebrar todas as fronteiras que existem no mundo”, ressalta.
Para quem quiser ajudar o projeto, basta doar retalhos de tecido à escola.
Para tirar dúvidas, ligue para 3258-7699 e saiba mais como ajudar.

Projeto entregou 200 brinquedos no ano passado. Meta deste ano é confeccionar 400 brinquedos. Foto: Divulgação