Em razão da elevada verticalização na parte insular do Município, ‘uma das maiores do mundo’, com quase 11 mil habitantes por quilômetro quadrado, o candidato do DC – Democracia Cristã, Carlos Alberto de Sá Romano, o delegado Romano, defende a ligação seca entre Santos-ilha à área continental, “onde existe uma outra Santos para ser ocupada”.
Assim, entre suas propostas, caso seja eleito prefeito, ele pretende trazer incentivos para a expansão retroportuária na área continental, com a instalação de um complexo industrial de transformação.
Dessa forma, atraindo empresas para fabricação e exportação de produtos.
Além disso, acrescenta em suas propostas, a construção de 5 mil habitações populares em áreas da Zona Noroeste, Centro e área continental de Santos, caso sai do papel a tão propalada ligação seca, seja via túnel, como defende o SPA (antiga Codesp), ou ponte, como quer o Governo do Estado, por meio do projeto já elaborado da Ecovias.
Em entrevista ao jornalista Francisco La Scala, no programa Jornal Enfoque – Eleições 2020, o candidato enfatizou também a necessidade de se diminuir o déficit habitacional da Cidade, hoje em torno de 10.800 moradias.
Falando em área continental, o candidato também abordou sobre a possível instalação de uma unidade de recuperação de energia para queima do lixo – que ambientalistas criticam.
“Sou favorável, como ocorre nos principais países do mundo, sem contaminar o solo e água. O problema é que são sempre os mesmos que concorrem”, afirma.
Polêmicas
O candidato também apresentou propostas polêmicas, como a redução no repasse de verbas ao Legislativo.
Hoje, os valores estão na casa dos R$ 90 milhões, mas subirão para o próximo ano (R$ 120 milhões).
Vale ressaltar que a Constituição, no artigo 29-A, garante até 5% do orçamento, na soma das receitas próprias e transferências, para cidades do porte de Santos (entre 300 mil a 500 mil habitantes).
Delegado da polícia civil, o tema segurança não poderia faltar.
Assim, ele pretende fortalecer a Guarda Municipal e ampliar as ações com as polícias – estas de responsabilidade do Estado, atacando, em especial, duas frentes na Cidade: os furtos e roubos.
Além disso, critica “a letargia dos últimos gestores”, em relação ao acolhimento aos usuários de drogas presentes nas cracolândias espalhadas pelas ruas da Cidade.
“Sou a favor da internação compulsória (quando a pessoa não quer se internar voluntariamente)”, destaca.
Para tanto, pretende manter diálogo com o Ministério Público para criar condições legais para que os usuários de drogas procurem tratamento.
“Boa parte dos furtos na rua tem relação com as drogas. E alguns casos, chegam a crimes, com assassinato de familiares, algo que, infelizmente, como delegado, eu me deparei”, disse.
Além disso, Romano também disse que poderá rever contratos das Organizações Sociais e ampliar os investimentos em Medicina preventiva no Munícipio.
Confira a entrevista completa.