Quem não recolher as fezes dos animais pode ser multado a partir de terça | Boqnews
Foto: Divulgação

Santos

13 DE OUTUBRO DE 2014

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Quem não recolher as fezes dos animais pode ser multado a partir de terça

Campanha visa conscientizar a população; fezes acabam na rede de drenagem, de onde seguem para os canais e praias, contaminando não só o mar como a faixa de areia

Por: Da Redação

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A partir desta terça-feira (14), quem for flagrado não recolhendo as fezes de seus animais de estimação estará sujeito a uma multa de R$ 50,00. O valor sobe para R$ 150,00 para quem recolher e depositar no espaço público (ao lado de postes e árvores, por exemplo). Aplicação de multa compreende nova etapa da campanha ‘Quem cuida, recolhe’, iniciada há 60 dias (13 de agosto), focando inicialmente apenas orientação.

No dois meses, a prefeitura realizou mais de 15 ações de conscientização em cruzamentos e escolas, com a distribuição de panfletos, sacolinhas e performances teatrais, sempre com grande aceitação do público.

Nas ruas, sem o devido recolhimento, as fezes acabam na rede de drenagem, de onde seguem para os canais e daí para as praias, contaminando não só o mar como a faixa de areia. Hoje, de acordo com a Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente (Semam), estima-se que existam cerca de 150 mil cães e gatos em Santos. Juntos, eles geram, em média, 30 toneladas de fezes por dia, volume equivalente a um custo de R$ 2,5 milhões-ano para recolhimento e disposição final.

Perigos
De acordo com o engenheiro químico Márcio Paulo, chefe do Laboratório de Controle Ambiental da Semam, no Posto 3, a quantidade de coliformes presente nas fezes dos cães é sete vezes maior do que na do ser humano. A situação é mais grave no caso de larva migrans visceral, que pode causar cegueira e problemas neurológicos.

Por isso, de nada adianta recolher as fezes e depositá-las ao lado de uma árvore ou poste, afirma o secretário de Meio Ambiente, Luciano Cascione. “O saco pode entupir a rede pluvial e, se for para o mar, vai levar anos para se decompor, sendo um perigo em potencial para a vida marinha. Por isso, o correto é jogar no vaso sanitário. Mas, se não for possível, deve-se pelo menos descartar em lixeiras”.

O secretário lembra que quando depositadas nas lixeiras, as fezes acabam indo para o aterro sanitário, onde podem contaminar o lençol freático. “Por tudo isso, lugar de fezes é no vaso sanitário”.

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