A Fundação Procon-SP notificou a rede Raia Drogasil para esclarecer episódio ocorrido em uma unidade Drogasil na cidade de Santos, no litoral paulista.
Na ocasião, uma mulher negra foi abordada de forma que poderá ser caracterizada como racismo.
De acordo com informações veiculadas na imprensa e nas redes sociais, a mulher estaria pesquisando preços.
Ao sair do estabelecimento, ela fora acusada de furto, sem qualquer motivo aparente.
Além disso,sofreu constrangimento por seguranças e empregados da unidade.
O Procon-SP possui um canal específico para denúncias sobre atitudes racistas durante relações de consumo – o Procon Racial.
Dessa forma, o órgão pede informações sobre as providências adotadas após ter ciência do episódio.
Além da participação de trabalhadores terceirizados e próprios, bem como ações de prevenção para evitar a repetição de casos semelhantes.
Além disso, a notificação também pede que a Raia Drogasil identifique a empresa da qual contrata serviços de segurança.
Dessa forma, para que esta também receba a notificação para prestar esclarecimentos.
“O Procon-SP entende que as empresas precisam adotar protocolos de prevenção a práticas racistas em suas unidades, bem como realizar capacitação de seus trabalhadores, próprios ou terceirizados, constantemente”, explica em nota.
Assim, a Raia Drogasil terá até o dia 29/10 para enviar as informações.
Por sua vez, o Procon-SP, independentemente de quaisquer outras ações, convidará a empresa a aderir aos 10 princípios para o enfrentamento do racismo nas relações de consumo.
Lamenta o episódio
Em nota, a RD Saúde, dona das drogas Raia e Drogasil, “apura o episódio ocorrido na farmácia da Avenida Pinheiro Machado, em Santos, a qual lamenta profundamente a situação e se solidariza com a cliente”.
“A empresa ressalta que a conduta, de nenhuma forma, reflete os procedimentos adotados pela empresa e o contínuo investimento em ações de incentivo ao respeito e à inclusão”.
“As pessoas envolvidas no episódio foram desligadas por decisão da empresa”.
“Estamos colaborando com as investigações e instituições envolvidas no caso.
Reafirmamos nosso compromisso em promover ambientes seguros e livres de discriminação”.