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03 DE JULHO DE 2009

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Rumo ao exterior

Em um mercado cada vez mais competitivo, em que mais pessoas começam a ter acesso ao ensino superior e, portanto, aumentando a disputa por postos em empresas, a pós-graduação passa a ser quase que uma obrigação. Com isso em mente, algumas instituições, além de propiciar opções de extensão universitária usuais, buscam ter, como diferencial, convênios […]

Por: Da Redação

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Em um mercado cada vez mais competitivo, em que mais pessoas começam a ter acesso ao ensino superior e, portanto, aumentando a disputa por postos em empresas, a pós-graduação passa a ser quase que uma obrigação. Com isso em mente, algumas instituições, além de propiciar opções de extensão universitária usuais, buscam ter, como diferencial, convênios internacionais, para que o aluno tenha possibilidade de cursar ao menos parte de sua pós no exterior.

Tais ideias vem se tornando muito mais viáveis que outrora, por algumas razões. A baixa cotação do dólar, que atualmente está na casa dos R$ 2,00, é um dos motivos, o que possibilita a redução de custos. Adiciona-se a isso que, no último dia 23, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) que torna a emissão de vistos para estudantes e professores do Mercosul gratuitas, ratificando acordo assinado em Córdoba, na Argentina, em 2006, facilitando o trânsito de estudantes pela América do Sul.

Além disso, a própria CCJ havia aprovado, em março deste ano, um acordo entre Brasil e Estados Unidos que beneficiaria estudantes com a isenção de taxas para obtenção do visto. O assunto, aliás, está sob apreciação da Câmara. Mais um sinal de que o cenário se mostra propício para alunos interessados em estudar fora do País.

Em Santos, há quatro locais com módulos dessa natureza: a Strong Educacional/Fundação Getúlio Vargas, a Universidade Católica de Santos (UniSantos), a Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte). No caso da Unimonte, o programa de módulos internacionais existe há dois anos. “Cursos que possuem esse tipo de módulo têm como foco principal fornecer uma bagagem diferente, para alunos que buscam um complemento mais voltado ao âmbito internacional, especialmente”, explica o diretor de Marketing e Relações Internacionais da instituição, Fábio Pereira Ribeiro.

Ao todo, a instituição mantém convênio com três faculdades no exterior: Nigbo (China), Ohio (Estados Unidos) e Lisboa (Portugal), cada um com um determinado enfoque. “São módulos optativos. Em Nigbo, que é cidade-irmã de Santos, volta-se mais para a área da Logística. Em Ohio, o campo de atuação é o de Negócios. E em Lisboa, trabalha-se com a pós em Marketing. Ou seja, valoriza-se a peculiaridade de cada região”, reforça Ribeiro.

Na Strong, também há três possibilidades de pós-graduação no exterior, sendo duas nos Estados Unidos e uma em Portugal, como revela o gerente do setor de Admissão de Alunos da instituição, Luiz Antônio de Matos. “Os alunos que realizam os módulos fora do País são avaliados por profissionais da Fundação Getúlio Vargas e, caso aprovados, adquirem um certificado de especialização que tem validade internacional”, diz.

Ao todo, os cursos possuem duas semanas de duração, em período integral. Nos EUA, ocorrem na Califórnia, na Universidade de Irvine, e em Chicago. Já em Portugal, a instituição é o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) de Lisboa. “Em Portugal e na Califórnia, o enfoque é na Gestão de Negócios, enquanto em Chicago o foco é a área de Finanças Públicas e Economia Internacional”, explica Matos.

Na Unisantos, o trabalho funciona em sistema de parceria. No caso, o aluno que deseja seguir a graduação acima da superior fora do País inscreve-se na instituição e passa a poder realizar o curso desejado em alguma das instituições de ensino conveniadas à universidade santista. São elas: universidades Fernando Pessoa, Católica e de Coimbra, em Portugal; Universidade de Gênova, na Itália; Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique; universidades de Santiago de Compostela e Salamanca e Colegio Delibes, na Espanha; Universidade Suíça de Berna; Universidad Nacional de Rosário, da Argentina; Universidade Católica Andrés Bello de Caracas, da Venezuela; Universidade de Caen, na França; Universidade Patrice Lumumba, na Rússia; e Conselho de Reitores das Universidades Chilenas.

Já na Unimes, o módulo opcional internacional existe em todos os cursos de Master of Business Administration (MBA) fornecidos pela instituição (Comércio Exterior, Gestão da Saúde, Gestão Financeira, Gestão Estratégica de Negócios, Gestão Estratégica de Operações Logísticas, Marketing), com a possibilidade de os estudos serem feitos no Chile.

Despesas
Viajar para o exterior é um dos grandes objetivos de muitos estudantes. No entanto, sabe-se que, por motivos financeiros, muitos não conseguem progredir com o objetivo. As instituições, para isso, buscam “apaziguar” as despesas, de diferentes maneiras. Na Strong, por exemplo, é feito um pacote que inclui as despesas com transporte até o país em questão e o curso em si, que varia de atividade para atividade. Todavia, não há responsabilidade em gastos “pessoais”, como na aquisição de roupas e lembranças. Na Unimonte, os gastos são todos custeados pelo estudante, embora, pela universidade, sejam possíveis alguns descontos e até bolsas de estudos, conforme os trabalhos apresentados.

Já na Unisantos, o que será despendido com cada curso, por se tratar de uma parceria entre a instituição e outras organizações do exterior, é variável, dependendo da estrutura da universidade selecionada, que pode ter alojamentos ou não – o que pode ser incluso no custo final.

Visto
Outra questão que vem em pauta para quem vai cursar alguma atividade fora do Brasil é a do visto, que, pela demora para sua retirada, passa a ser um tormento para quem deseja conhecer o exterior a passeio. No entanto, essa dificuldade é, curiosamente, inferior à encontrada para quem pretende viajar para estudar.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o interessado precisa apenas apresentar o registro de matrícula na instituição de ensino, passaporte e comprovante de renda familiar. Também serão requisitados holerite, declaração do IR (Imposto de Renda), escrituras de imóveis ou comprovantes de aplicações financeiras, caso possua.

Ainda assim, o visto para estudantes é o mais simples de ser obtido, caso as intenções de estudar no país em questão sejam comprovadas. Há, ainda, prioridade nas entrevistas para tais justificativas.


 

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