Cidade com maior ligação com a Independência do Brasil, em razão da sua riqueza histórica, personagens, próprios e espaços públicos dedicados ao momento do País, a Prefeitura de Santos programa uma série de atividades culturais que ocorrerão, com maior frequência, a partir de 13 de junho.
Aliás, data de nascimento do patrono da Nação e patriarca da Independência, o santista José Bonifácio de Andrada e Silva.
“Santos se diferencia do resto do País em razão dele”, destaca o presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos, Luiz Dias Guimarães.
Assim, as atividades prosseguirão até a Semana da Pátria, em 7 de setembro.
Além disso, Guimarães também é presidente da comissão responsável pelos preparativos em homenagem ao bicentenário da Independência.
Ele participou do programa Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quarta (9).
A comissão é composta por integrantes da Administração (10) e da sociedade civil (50), como Rotary Club, 21 Irmãos Amigos, institutos históricos e geográficos de Santos e São Vicente, entre outros.
Ao todo, são cerca de 60 pessoas participantes.
Algumas atividades comemorativas já foram realizadas dentro das homenagens à data.
Caso da vinda de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, trineto de D. Pedro II, em 22 de janeiro passado, quando oficialmente foram abertas as atividades comemorativas na Cidade.
Atividades escolares e culturais também estão programadas.
Além de eventos e palestras comemorativas à data, com apoio da Unifesp – campus Baixada Santista, cuja programação será divulgada em breve.
Santista José Bonifácio, o patrono da Nação, é o principal diferencial das comemorações. Não é à toa que ele -e irmãos – são homenageados em praças, ruas, escolas e até no Paço Municipal de Santos: Foto: Reprodução
Praça Barão do Rio Branco
Por sua vez, a praça Barão do Rio Branco passará por um processo de revitalização e alterações viárias, ganhando um espaço cívico.
O local abriga o Panteão dos Andradas, onde estão os restos mortais dos irmãos Andradas.
Dessa forma, o local terá todo o piso trocado e a circulação de veículos deixará de ocorrer – exceto os bondes.
Além disso, uma estátua em homenagem ao Patrono da Nação será instalada no local.
“A proposta é que ele esteja sentado em uma posição onde as pessoas poderão colocar um celular na mão dele para tirar uma selfie”, diz Guimarães.
Além disso, há ideia da criação do Fogo Perpétuo, com chama permanente acesa para homenagear o Patriarca da Independência e seus irmãos.
Presidente da comissão, Luiz Guimarães está empenhado em valorizar a importância de Santos no bicentenário da Independência. Reprodução: Jornal Enfoque-Manhã de Notícias
Transferência da sede
Além disso, Guimarães aposta que a lei estadual – que transfere o governo paulista para Santos no dia 13 de junho, de autoria da então deputada e atual vereadora Telma de Souza (PT) – seja cumprida neste ano.
“É um simbolismo muito importante para que tenhamos a transferência da sede para nossa cidade, com a vinda do governador e secretários”, destacou.
“E queremos também trazer autoridades federais para comemorar esta data”, salientou, destacando a importância de José Bonifácio no contexto histórico e comemorativo da Independência do País.
Santa Catarina
Com o retorno da Fundação Arquivo e Memória para a sede do Outeiro de Santa Catarina no final de janeiro, Guimarães promete reviver os áureos tempos que o espaço histórico e cultural representa para a história da Cidade.
O espaço, aliás, será reaberto ao público a partir desta sexta (11).
E assim, já confirmou um grande evento cultural, criativo e religioso, marcado para o dia 26 de março, um sábado.
Na ocasião, a imagem de Santa Catarina de Alexandria sairá da capela do Museu de Arte Sacra.
Dessa forma, será levada em cortejo até a sede da FAMS, no Outeiro, que presta homenagem à santa.
Além disso, haverá feira criativa, missa campal e depois apresentação musical.
“Há uma relação direta da santa com a Cidade”, enfatiza.
Por volta de 1543, Luis Góes e a esposa Catarina ergueram, na base do pequeno morro, a Capela de Santa Catarina de Alexandria, junto à primeira Santa Casa do País.
No entanto, a capela foi incendiada por piratas e a imagem da santa foi jogada no estuário.
Assim, escravos conseguiram recuperá-la no fundo do mar após dezenas de décadas.
Hoje, ela se encontra no Museu de Arte Sacra.
“É uma história maravilhosa que os santistas precisam conhecer”, salientou Guimarães.
Além disso, o presidente da FAMS falou também sobre os planos da fundação, patrimônio histórico e outros temas durante o Jornal Enfoque – Manhã de Notícias.