O primeiro coletor de bitucas de cigarro de Santos teve inauguração, na manhã desta segunda-feira (9), no Novo Quebra-Mar. A previsão é da instalação de mais 24 exemplares do equipamento em pontos estratégicos da Cidade até terça-feira (10), no início do projeto que busca garantir o descarte correto dos restos de cigarro e transformá-los em matéria-prima para a produção de papel.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Semam), Márcio Paulo, a ideia do projeto e a escolha de concentrar os coletores na orla surgiram por conta da grande quantidade de bitucas recolhidas nos mutirões voluntários de limpeza nas praias da Cidade.
Houve a definição de 22 pontos de fixação do equipamento na orla da praia. Sendo assim, um na Lagoa da Saudade (Nova Cintra), um em frente à Câmara Municipal (Vila Nova) e outro em frente ao Palácio José Bonifácio (Centro Histórico). Na Orla, os coletores ficarão próximos à faixa de areia e quiosques.
“É um equipamento educacional a fim de alertar a população sobre a necessidade de recolher este material que, se deixado no meio ambiente, vai parar no mar e causar danos à fauna marinha. Por isso, é tão importante que esse recolhimento ocorra – para que não haja a contaminação dos animais por um produto altamente cancerígeno”, explica o titular da Semam.
Reciclagem
Inicialmente, o recolhimento dos materiais acumulados nos coletores, pela empresa responsável (Poiato Recicla), ocorrerá com uma frequência maior. Desse modo, até definição da periodicidade adequada à demanda da Cidade.
Após o recolhimento do material acumulado e a higienização dos equipamentos, as bitucas de cigarro passam por processos físicos e químicos, na sede da empresa. Assim, visando a retirada do odor e da toxicidade.
No final, todo o material é transformado em uma massa de celulose. Desse modo, que poderá ser utilizada em confecções artesanais como produção de papel, esculturas, entre outros objetos. Toda a matéria-prima que for produzida será destinada a projetos educacionais e criativos desenvolvidos por instituições ligadas à Prefeitura de Santos.
Houve o investimento de cerca de R$ 30 mil no projeto, provenientes de uma emenda parlamentar do vereador Fabrício Cardoso. Segundo o secretário de Meio Ambiente, há estudos para expandir o projeto e contemplar outras áreas da Cidade. A iniciativa possui desenvolvimento pela Semam, Instituto Lixo Zero Baixada Santista em parceria com a empresa Poiato Recicla.
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