Santos vai retirar a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público | Boqnews
Ponto de ônibus/Foto: João Pedro Bezerra

Covid-19

09 DE SETEMBRO DE 2022

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Santos vai retirar a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público

Máscaras deixam de ser de uso obrigatório no transporte público

Por: Da Redação

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A obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público no Estado de São Paulo chegou ao fim nesta sexta-feira (9). A decisão foi anunciada pelo Governo do Estado, diante da recomendação do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, o antigo Comitê Científico.

“O Estado de São Paulo conseguiu um índice de cobertura fantástico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus, e protegeu sua população, principalmente contra casos graves da doença. Como consequência, as internações e óbitos despencaram. Isso nos dá a segurança necessária para a flexibilização do uso de máscaras neste momento, mas seguiremos atentos, monitorando os dados epidemiológicos de forma constante”, disse o infectologista David Uip, Secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, em entrevista à Agência Brasil.

Importante frisar que os municípios têm autonomia em relação à esta decisão.

Símbolo

O fim da obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público acaba sendo um símbolo de que a normalidade está voltando, após o período complicado da pandemia, sobretudo nos primeiros semestres de 2020 e 2021. Vale destacar que desde o início da pandemia, houve uma preocupação muito grande com os ônibus, trens, metrôs, balsas e barcas, afinal com a aglomeração das pessoas, a disseminação do vírus podia ser ainda mais elevada, por isso a importância da máscara.

Flexibilização também acontece no VLT/Foto: Reinaldo Campos

Dessa forma, a obrigatoriedade do uso do equipamento no transporte se manteve, mesmo com o bom ritmo da vacinação em massa.

Inclusive, desde o início do ano, o Governo do Estado de São Paulo havia liberado o uso de máscara em locais fechados.

Agora, as máscaras só permanecem obrigatórias nos hospitais e nos postos de saúde.

Santos

Em nota, a Prefeitura de Santos, ressaltou que vai seguir a recomendação do Governo do Estado de São Paulo. O decreto municipal será publicado nos próximos dias.

Nos últimos meses, o uso do equipamento tem diminuído no transporte público, mesmo sendo proibido.

Os motoristas pedem para os usuários colocarem a máscara, porém logo que o passageiro passa a catraca retira o equipamento. Mas, não são todos que praticam essa atitude.

Vale lembrar que as janelas dos ônibus municipais de Santos são fechadas por conta do ar-condicionado.

Além disso, os ônibus ainda oferecem álcool em gel, assunto polêmico, já que a empresa responsável pelo transporte demorou para quase dois anos para colocar os totens nos veículos.

 

Números

A vacinação em massa foi essencial para a flexibilização do uso de máscara no transporte público.

O Estado de São Paulo já aplicou mais de 122 milhões de doses da vacina da Covid-19, sendo: 42,4 milhões – primeira dose, 40 milhões – segunda dose, 1,2 milhão – dose única, 27,6 milhões – primeira dose adicional, 11,5 milhões – segunda dose adicional – 11,5 milhões, 40,8 mil – terceira dose adicional. Assim, São Paulo tem 95,69% da população (acima de 5 anos) com o esquema vacinal completo. Os dados fazem parte do Portal Vacinômetro.

Infectologista

O infectologista e professor de Medicina da Unaerp-Guarujá, Leonardo Weissmann explicou que com a queda no número de casos e no número de mortes, muita gente já deixou de usar a máscara, mesmo com a obrigatoriedade. “A pandemia não acabou e o vírus ainda continua circulando. O momento permite a flexibilização, mas é recomendável que as pessoas ainda usem a máscara de proteção respiratória, especialmente os idosos, as pessoas que têm deficiência de imunidade e aquelas que não tomaram todas as doses da vacina contra a Covid-19”, ressaltou o médico.

Questionado sobre o atual cenário da Covid-19, Weismann citou que a sociedade vive um momento epidemiológico favorável, com a tendência de queda de casos e de óbitos. Entretanto, o vírus ainda está circulando.

“Não podemos descartar o surgimento de novas variantes, mais transmissíveis e que podem ser mais letais. Consequentemente, risco de uma nova onda”, finalizou.

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