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12 DE SETEMBRO DE 2008

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Situação inédita

Após  quase duas décadas após o início da implantação do 2º turno no País tudo leva a crer que, pela primeira vez, os santistas irão às urnas para escolher seus governantes em uma única ocasião. Motivo: a ampla vantagem do prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), que detém 68,3% das citações na pergunta estimulada (com […]

Por: Da Redação

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Após  quase duas décadas após o início da implantação do 2º turno no País tudo leva a crer que, pela primeira vez, os santistas irão às urnas para escolher seus governantes em uma única ocasião. Motivo: a ampla vantagem do prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), que detém 68,3% das citações na pergunta estimulada (com apresentação de disco com os nomes dos candidatos), conforme pesquisa Enfoque/Jornal Boqueirão.



Computando-se apenas os votos válidos (excluindo os indecisos e os nulos), o atual quadro mostra um índice impressionante para o prefeito: 82,5% das intenções de votos na atualidade. Tomando como base o comparecimento às urnas no primeiro turno em 2004 (foram 243.236 votos válidos), isto representaria algo em torno de 200 mil sufrágios caso a tendência seja mantida, o que seria um recorde na história política da Cidade.

Deve-se lembrar, porém, que estes números refletem a situação atual e podem sofrer alterações em razão de ainda faltarem cerca de três semanas para as eleições, marcadas para 5 de outubro.

No entanto, o quadro dificilmente deverá ser revertido, em razão de outros indicadores positivos que o prefeito vem obtendo, conforme a pesquisa, como o baixo índice de rejeição (3,6%) em relação aos demais concorrentes, o segundo menor – perdendo apenas para Mariângela Duarte (PSB), que ficou com  1,2% de rejeição (veja quadro).



Além disto, seu governo registra um índice de aprovação elevado: a soma de ‘ótimo’ e ‘bom’ chega a 71,9% contra 4% de ruim e péssimo. Outros 19,6% classificam a administração como ‘regular’. Ou seja, sete em cada dez santistas estão satisfeitos com o governo municipal.

Números favoráveis

O levantamento buscou conhecer a opinião dos santistas a respeito da intenção de voto para a próxima eleição municipal. Na relação entre as perguntas espontânea e estimulada Se a eleição municipal fosse hoje, em quem o (a) sr. (a) votaria para prefeito? (com apresentação do cartão com o nome dos cinco candidatos), Papa (PMDB) cresce de 56,4% para 68,3%; Maria Lúcia Prandi (PT) aumenta de 6,4% para 8,3%, enquanto Mariângela Duarte (PSB) amplia um ponto percentual (de 4,1% para 5,1%). Eneida Koury (PSol) sobe de 0,3% para 0,7%. Natan Kogos (PRTB) mantém os 0,3% em ambas as situações. Por sua vez, os indecisos caem de 27,8% para 12%. A diferença percentual concentra-se principalmente no candidato Papa.

Por zona eleitoral, o prefeito ganha em todas as áreas, inclusive na 118ª (Zona Noroeste, morros, Centro, Paquetá, Valongo, Vila Nova, Vila Mathias, Jabaquara e Encruzilhada), única região onde ele perdeu para Telma de Souza em 2004.

No panorama atual, Papa tem 64,2% dos votos na 118ª, 71,2% na ZE 272ª (Aparecida, Embaré, Ponta da Praia, Macuco e Estuário) e 69,3% na ZE 273ª (Boqueirão, Gonzaga, Pompéia, José Menino, Marapé, Vila Belmiro e Campo Grande).

A 118ª também é a zona eleitoral onde a deputada Maria Lúcia Prandi é mais lembrada (10,6% do total nesta região), assim como Mariângela Duarte, com 5% nesta localidade. Tanto Eneida como Natan tem seus votos distribuídos proporcionalmente nas três zonas eleitorais. 

 Dentro deste panorama, conforme a pesquisa, os indecisos têm o seguinte perfil, tomando como exemplo a questão estimulada: há equilíbrio entre os sexos  e nas faixas etárias (com maior concentração entre os que têm 25 a 34 anos e entre os que têm 45 a 59 anos). A maioria dos entrevistados que mantêm este perfil reside na Zona  Leste, onde estão as ZEs 272ª e 273ª. A metade deles têm o Ensino Médio completo ou não.

Rejeição

Quanto ao índice de rejeição, o candidato do PRTB, Natan Kogos, lidera a lista, com 8,2% das citações, seguido por Maria Lúcia Prandi (PT), com 8,2% e Eneida Koury, com 5,7%. O prefeito Papa (PMDB) obteve 3,6% das citações, ficando a ex-deputada Mariângela Duarte (PSB) com 1,2%.

Deve-se destacar que 48,3% não souberam informar qual dos pleiteantes teria a maior rejeição e outros 25,1% não apontaram qualquer candidato, o que demonstra, de forma geral, a baixa rejeição entre os que disputam as eleições municipais neste ano (26,6% do total).

A pesquisa também buscou saber dos eleitores quem eles consideram o (a) mais preparado (a) para governar a Cidade. O prefeito Papa obteve 69,6% das citações, seguido por Maria Lúcia Prandi, com 7,8%; Mariângela Duarte, com 4,7%. Eneida Koury ficou com 0,7% e Natan Kogos, com 0,1%. Outros 13,3% não souberam informar e 3,8% assinalaram ‘nenhum deles’.



Panorama

Em todas as últimas oito eleições majoritárias (para presidente, governador ou prefeito), os santistas tiveram que votar tanto no primeiro como no segundo turno. Em âmbito federal, a mudança começou com a disputa entre Fernando Collor e Lula, em 1989. Mas, também ocorreram situações onde houve a necessidade de se voltar às urnas para a escolha apenas do  governador, como na disputa entre Mário Covas (PSDB) e Paulo Maluf (PP), em 1998, ano em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) garantiu mais quatro anos de mandato ainda no primeiro turno contra Lula (PT).

Desde a sua implantação, o segundo turno também sempre esteve presente nas eleições municipais, com as disputas entre David Capistrano e Vicente Cascione (1992), Beto Mansur e Telma de Souza (1996 e 2000), e Papa e Telma (2004), demonstrando o acirramento político que sempre pautou as eleições municipais, fato que, pelo demonstrado na pesquisa, não ocorrerá desta vez. Basta lembrar que em 2004, Papa venceu a ex-prefeita Telma de Souza por 1.771 votos – o equivalente a 0,74 pontos percentuais de diferença.


Sobre a pesquisa


A pesquisa foi realizada pela Enfoque Comunicação ao jornal Boqueirão em todos os bairros de Santos, dentro das três zonas eleitorais. Foram entrevistados 1.487 eleitores (a maior amostra entre os levantamentos já feitos nesta eleição), entre os dias 6 a 9 de setembro. Foram ouvidas 825 mulheres (55,5%) e 662 homens (44,5%), divididos por cinco faixas etárias. Pelas zonas eleitorais, foram 34,9% da 273ª, 33% da ZE 272ª e 32,1% da ZE 118ª, mantida a proporcionalidade divulgada pela Justiça Eleitoral.

Quase a metade dos consultados na pesquisa realizada pela Enfoque Comunicação ao jornal Boqueirão têm o Ensino Médio completo/incompleto (48,2%); 27,6% têm nível superior completo/incompleto; 19,1% o Ensino Fundamental; 4,4% não responderam e 0,7% disseram ser analfabetos. Entre os que citaram a renda familiar, 15,9% afirmaram receber entre 3,01 a 5 salários mínimos; 12,6% entre 1 a 3 sm; 12% entre 5 a 10 sm; 5,7% de 10,01 a 15 sm; 2,4% acima de 15 sm e 2% declararam não ter renda. Quase a metade (49,4%) não respondeu à questão. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro utilizada é de 3,5 pontos percentuais.

A pesquisa foi registrada na ZE 118ª Eleitoral, sob o número 008/08.

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