Os animais de estimação estão em muitos lares brasileiros, porém alguns problemas podem surgir e atrapalhar a tão esperada harmonia.
Para isso, entra em ação o trabalho de treinadores, a fim de estabelecer a boa convivência entre o tutor, animal e ambiente no qual está inserido.
Atuando na Baixada Santista, a treinadora Thainna Porto escolheu cursar Zootecnia para aprofundar-se no comportamento e bem-estar dos animais, especialmente os de estimação – também conhecidos como animais de companhia.
Atualmente, a zootecnista integra um grupo de adestramento pet, comandado pelo treinador Luís Zuccolo.
Thainna explica que a equipe trabalha sob o Método Zuccolo de adestramento, onde o foco é o conhecimento sobre quais são as necessidades daquele animal no meio ambiente – como eles convivem e são educados na natureza.
Perante os pilares “repetição, paciência e atitude”, a treinadora mostra o caminho a ser seguido pelos tutores, bem como maneiras de educar e corrigir o pet.
Citando como exemplo um animal “destruidor”, Thainna explica que, na natureza, o instinto dele está relacionado à caça.
Dessa forma, é essa a solução a ser almejada pelos tutores, introduzindo diferentes atividades no cotidiano do pet.
“Se não existe um enriquecimento ambiental com coisas mais legais para ele fazer, a destruição é certa”, pontua.
Além de xixi fora do lugar, destruição, latidos em excesso e outros problemas pontuais de comportamento, também são ensinados os quatro comandos básicos essenciais, em ordem: senta, fica, vem, e no seu lugar.
A profissional dedica-se aos animais de companhia. Foto: Johnny Duarte
Obediência
Senta: apesar de ser comum, Thainna sinaliza que alguns pets não são acostumados a sentar.
Assim, é necessário ensinar ao cão a parte mecânica do comando – o que é, de fato, sentar – para que aconteça de forma natural.
Sentado, o animal de estimação tem uma melhor visão das coisas, além de prestar mais atenção ao treinador ou tutor.
Fica: o segundo comando permite que o dono se afaste, a curtas ou longas distâncias, sem que o animal saia do lugar.
Pode ser utilizado para que o pet aguarde ao lado de fora de um estabelecimento, por exemplo, depois de bem treinado.
Vem: usado para que o mascote se aproxime, sem o transtorno de ficar correndo atrás.
A zootecnista esclarece que é comum o animal associar o chamado a uma coisa ruim, como ir embora, tomar remédio ou prender na coleira.
Com o treinamento, é mostrado o jeito adequado de associar o comando a coisas positivas também.
No seu lugar: também chamado de target (alvo, em inglês), essa orientação estabelece um ponto treinado para que o pet permaneça até segunda ordem.
Recompensas
Conforme o mascote obedece os comandos e demonstra aprendizado, algumas formas de premiação são oferecidas.
É bastante comum entre os treinadores a utilização de petiscos, mas também existem outras formas de energizar o pet e mostrar que ele está no caminho certo.
Thainna cita o carinho e afeto como outras maneiras ainda mais eficazes de estímulo para o animal. Além disso, é válido também o uso de um brinquedo favorito dele.
Dicas
Diante do momento atípico de pandemia, é normal preocupar-se com o gasto de energia do animal de estimação sem sair de casa.
Entretanto, a profissional enfatiza que são inúmeras as possibilidades para manter os pets ocupados.
Thainna explica que corrida e outros exercícios físicos não são necessariamente as únicas formas de cansar os cães: “É legal dar brinquedos e interações para o cachorro trabalhar a cabecinha”, orienta.
Como exemplo, existem alguns brinquedos que desafiam o animal a explorar o objeto para conseguir ração ou petisco, entre outras alternativas.
Além disso, o treinamento de comandos também é eficaz. Cerca de 10 minutos por dia pode ser o suficiente para estimular a mente.
Muitas vezes, o tutor acostuma-se com o mau comportamento do animal, e não sabe que a situação pode ter uma saída.
Assim, é válido ressaltar que o treinamento não é indicado exclusivamente para os pets filhotes, e que cada animal possui as próprias características.
Com paciência, o processo de evolução pode ser observado, a fim de alcançar a convivência harmônica do animal no ambiente.
No trabalho de Thainna, não pode faltar exercício, disciplina e afeto visando o bem-estar animal. Foto: Arquivo pessoal
Online
A internet permite que o tutor dê continuidade ao treinamento do pet com a ajuda dos profissionais, especialmente em período de isolamento social.
Apesar da flexibilização da quarentena em alguns locais, há quem ainda prefira permanecer em isolamento total.
Como alternativa, a equipe Zuccolo oferece também aulas online, por meio de ferramentas disponíveis como Skype e FaceTime.
Thainna está disponível no Instagram ou por meio do número (13) 99716-8044 – também no WhatsApp.
Com experiência em São Paulo-SP, a treinadora observa que na Baixada Santista ainda há pouca consciência de que os problemas comportamentais podem ter solução.
Na capital, por outro lado, é mais comum a procura por adestradores acontecer antes mesmo do pet chegar ao novo lar.
Na Baixada Santista, a adestradora atende em Santos, São Vicente e Praia Grande, tomando todos os cuidados em relação à proteção, máscara a higienização de mãos.
O atendimento é feito de segunda a sexta, das 8h às 18h. As aulas são marcadas em dias e horários fixos, conforme combinado entre treinadora e tutor.