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04 DE MAIO DE 2020

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Um em cada 69 habitantes da Baixada Santista já foi infectado pelo Covid-19

Com base no estudo, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) antecipa que não irá flexibilizar a abertura do comércio e outras atividades, conforme inicialmente previsto

Por: Fernando De Maria

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Um em cada 69 moradores da Baixada Santista já teve o Covid-19.

Isso representa que 1,43% da população regional já entrou em contato com o vírus – com base em um cenário real de 10 dias atrás.

Das 9 cidades onde o levantamento foi feito, 3 não tiveram registros de casos: Itanhaém, Cubatão e Bertioga.

Em termos proporcionais, os maiores índices por cidades foram Mongaguá, com 5,48%; seguido de São Vicente, com 2,04% da população.

Santos tem a média de 1,41%.

O levantamento foi realizado entre os dias 30 de abril a 2 de maio.

Este é o resultado da primeira etapa da pesquisa realizada com moradores da Baixada Santista em um amplo estudo sobre o volume de moradores da Baixada.

Outros três levantamento serão realizadas a cada 15 dias (2 em maio e 1 em junho) para acompanhar a evolução dos casos.

Foram 2.341 pessoas que fizeram os exames – média de 95% da meta prevista (quase 2.500 pessoas), divididos de forma proporcional aos nove municípios da Baixada Santista.

Com as projeções, estima-se que 23.257 pessoas na região já tenham sido infectadas pelo Covid-19.

 

Foram 23.257 pessoas na região que fizeram testes. Três novas fases da pesquisa ocorrerão, sendo duas em maio e outra em junho para monitorar o crescimento dos casos. Foto: Marcelo Martins/PMS

 

Não notificados

Durante entrevista coletiva, o infectologista Marcos Caseiro enfatizou que para cada caso confirmado, existem 13 pacientes não notificados – assintomáticos ou com sintomas leves, que não entram nas estatísticas oficiais.

A média de não notificação  se assemelha a outros estudos realizados em outras localidades.

Assim, a taxa de letalidade (total de mortes) que é de 8,2% seria, na realidade, de 0,4%, na atualidade.

Caseiro também enfatizou que mantendo a atual média de pessoas infectadas as previsões de explosão de casos deve ocorrer na primeira semana de junho.

“A data do pico é 7 de junho, conforme revela o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde”, enfatizou Caseiro.

Em razão do atual ritmo de casos – e ainda a existência de leitos hospitalares, especialmente de UTIs, secretarias de saúde da Capital e ABC já estão solicitando vagas em hospitais locais para atender a demanda crescente, o que preocupa as autoridades de saúde, temendo que haja um colapso regional.

O coordenador do estudo também enfatizou que entre os pesquisados, 73% dos entrevistados são usuários do SUS, enquanto 26% têm convênio médico.

“Isso reforça a importância do SUS para atendimento às pessoas”, enfatizou.

Não à flexibilização

Diante dos estudos, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) antecipa que não irá flexibilizar a abertura do comércio e outras atividades, conforme inicialmente previsto.

“Não é o momento. A pesquisa aponta estes resultados com base na ciência. Hoje, o sistema está preparado para a altura das nossas necessidades, mas se tivermos uma alta de infectados, este cenário vai mudar”.

“Nossa política é preservar vidas. E o caminho é as pessoas continuarem em casa”, enfatizou.

Barbosa também enfatizou que os prefeitos da região vão aguardar as medidas anunciadas pelo governo do Estado para anunciar as próximas etapas a serem seguidas, levando em consideração os dados deste primeiro levantamento.

 

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