Estudo elaborado pela Fundação Seade revela que no segundo semestre deste ano foram criados 75.453 postos de trabalho no Estado de São Paulo.
Ao todo, foram 1.250.041 admissões e 1.175.588 desligamentos.
Este montante equivale a 31,2% do total de empregos no Brasil.
Ou seja, cerca de 1 em cada 3 empregos formais no País estão em São Paulo.
Ao contrário da média paulista, a Baixada Santista perdeu 574 postos de trabalho neste período.
Foram 27.474 admissões e 28.048 desligamentos.
Entre as 8 regiões economicamente que mais empregam no estado, a Baixada Santista foi a única que fechou o trimestre de forma negativa.
Responsável por 4% da população, a Baixada Santista detém 2,8% do total de empregos formais do Estado.
A queda foi de 0,2%, contra uma alta de 1,3% no primeiro trimestre deste ano.
Os dados tomam como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Variações do emprego formal
Dos 5 setores pesquisados, em apenas 1 houve crescimento neste período.
Trata-se da área da construção civil, que aumentou 6,1% na comparação entre o 2º e 1º trimestres deste ano.
No entanto, menos que os 9,7% registrados nos três primeiros meses de 2019 em relação ao último trimestre de 2018.
Assim, a indústria extrativa sentiu a segunda redução seguida neste ano (-0,9% no primeiro trimestre e -0,6% no segundo).
Mesma situação ocorreu na indústria em geral, com queda de -1,3% e -0,6%, respectivamente.
Depois do primeiro trimestre em alta (+ 1,7%) na área de comércio, houve baixa no segundo de -0,1% neste setor.
O mesmo ocorreu no setor de serviços, que havia crescido 0,5% no primeiro trimestre deste ano, mas caiu – 0,8% entre os meses de abril a junho.
As maiores admissões ocorreram para servente de obras (1089 admissões e 636 desligamentos, com saldo de 453 empregos), seguido por encanador (270 admissões e 40 desligamentos, com saldo de 230) e pedreiro (saldo de 166 vagas).
Por sua vez, as maiores quedas ocorrem para operador de telemarketing ativo e receptivo (- 399 vagas), operador de telemarketing receptivo (- 341 vagas), carregador de armazém (-215 vagas) e vendedor de comércio varejista (-122 vagas).
Geração de empregos – 2º trimestre – Estado de São Paulo
Região Metropolitana de SP: + 25.282 vagas
Campinas: + 2.537
Ribeirão Preto: + 3.661
Sorocaba: + 1.857
Vale do Paraíba/Litoral Norte: + 613
Araçatuba: + 1.948
Barretos: + 11.440
Bauru: + 2.509
Baixada Santista: – 574
Confira detalhes do levantamento no seguinte link.
Outros dados negativos
Não se trata apenas da única divulgação que coloca a Baixada Santista com números negativos.
Levantamento recente da Fundação Seade que analisou a economia entre 2002/2018, coloca que a região hoje ocupa uma participação no PIB – Produto Interno Bruto inferior ao do início deste século (3,3% em 2002 e 3,2% em 2018).
Enquanto a taxa de crescimento acumulada na indústria no período chegou a 17,3%, na Baixada Santista ficou em 0,7%.
Na área de serviços, o ritmo de crescimento também foi bem menor: 51,3% no Estado contra 29% na região.
Assim, o PIB regional cresceu em ritmo inferior: 43,1% na taxa de crescimento entre 2002/2018 no Estado contra 24,1% na Baixada Santista.
A estrutura econômica da Baixada também sofreu ligeira alteração.
Em 2002, a indústria representava 31,6% da força econômica da Baixada Santista. Agora, 26,9%.
Por sua vez, o setor de serviços cresceu de 68% (2002) para 72,9% (2018).
A agropecuária responde pela diferença (0,2%) e tem baixa representatividade na região.
Fiesp/Ciesp
Não bastasse, recente levantamento divulgado pela Fiesp/Ciesp mostra que as regiões de Cubatão e Santos ocupam os dois últimos lugares no ranking de participação da regional na indústria paulista.
Ao todo, Cubatão ocupa a 36ª colocação e Santos, na 37ª, a última colocação no Estado.
Em julho, o saldo de vagas em ambas as regiões foi de 10 vagas positivas no setor industrial de Cubatão e de 50 vagas negativas na unidade de Santos.
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