O governador João Doria anunciou, em entrevista coletiva, que o governo do Estado vai liberar nesta quinta (14) R$ 30 milhões para a abertura de 350 novos leitos na Baixada Santista no combate ao covid-19.
“É a segunda região no estado com o maior número de casos no Estado”, destacou Doria.
A primeira é a Capital/Grande São Paulo.
Serão 50 leitos de UTIs (com respiradores) e 300 clínicos em hospitais de Santos, Praia Grande e Itanhaém.
Dessa forma, em Santos, os recursos serão destinados para o hospital Vitória, do grupo United Health Group (Amil), que cedeu o prédio na Vila Belmiro à Prefeitura para o funcionamento de 130 leitos.
O anúncio decorre de entendimento entre o governo do Estado, por meio do secretário Marco Vinholi, com o pedido feito pelos prefeitos da região metropolitana durante a 11ª reunião do Comitê Metropolitano de Contingenciamento do Coronavírus na Baixada Santista, realizada ontem (12), por videoconferência.
Em Itanhaém, os novos leitos serão para o Hospital Regional Jorge Rossmann, de Itanhaém, cuja capacidade estava quase plena.
“O último relatório enviado pelo Estado aponta que dos dez leitos de UTIs nenhum está disponível para a Covid-19, e dos 15 leitos de enfermaria, 14 estavam ocupados”, afirmou o prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes.
Portanto, a unidade comporta mais 40 vagas, sendo 10 de UTI e outras 30 de clínica médica.
Assim poderá atender pacientes das cidades do litoral sul, evitando sobrecarregar hospitais de Praia Grande e Santos.
Em Praia Grande, os recursos servirão de apoio à ampliação da rede no hospital Irmã Dulce e unidades de campanha.
Mês difícil
Assim, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, enfatizou a preocupação do governo do estado com o cenário na Baixada Santista, que tem registrado uma taxa de crescimento de 68% no total de casos somente neste mês.
Assim, a Baixada Santista ultrapassou a região de Campinas e se tornou o segundo maior polo de casos no estado de São Paulo.
Dessa forma, o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Paulo Alexandre Barbosa, esteve presente à coletiva ocorrida hoje no Palácio dos Bandeirantes.
“Maio será um mês de crescimento agudo de casos na Baixada Santista”, salientou o secretário, com base em estudos realizados.
Ele reforçou também a necessidade de ampliação do isolamento social e uso de máscaras pela população.
Ontem, a média do estado foi de 47% – enquanto na Capital, 48,4%. A meta é atingir 55% para evitar o colapso no sistema de saúde em São Paulo.
Os dados das cidades da região ainda não foram divulgados até o momento.
Academias
Em relação ao decreto presidencial a respeito da abertura de academias, salões de beleza e barbeiros, o governador João Doria disse que nada mudará em São Paulo.
Ou seja, a abertura destes estabelecimentos passa pelo fim da quarentena, como já ocorre com 26% das atividades econômicas no Estado.
Assim, o prazo final é até 31 de maio, conforme decreto estadual.