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Opiniões

13 DE JANEIRO DE 2020

A atenção que falta à região

Por: Humberto Challoub

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O impasse criado pela indefinição sobre a responsabilidade de manutenção da Ponte dos Barreiros, em São Vicente, somado à repetição dos problemas gerados pela sazonalidade de demandas públicas em razão da temporada de verão – como falta d’água, aumento das ocorrências policiais e transtornos nas vias de acesso à região – revelam mais uma vez o distanciamento do Governo Estadual em relação à Baixada Santista.

Invariavelmente preteridas em relação à Capital e aos municípios do interior na definição das prioridades dos investimentos estaduais realizados ao longo das últimas décadas, as cidades do litoral paulista – em especial as da região – não têm recebido a merecida atenção, proporcional ao seu grau de representatividade e importância econômica e histórica no contexto de São Paulo.

Não só por abrigar o maior complexo portuário da América Latina e um dos mais importantes pólos industriais do País, a região há muito é destino de lazer para milhares de visitantes – a maioria paulistas -, obrigando os municípios locais a arcar com a manutenção e custeio de uma infraestrutura capaz de atender elevadas demandas sazonais.

Assim, há de se cobrar do governador João Doria políticas públicas que atendam aos interesses das comunidades caiçaras, buscando também proporcionar melhorias para os muitos paulistas habituados a usufruir das belezas e serviços públicos oferecidos no litoral. Em seu primeiro ano de mandato, Doria esteve pouco afeito a manter aberto o diálogo com os prefeitos e representantes políticos da região na definição dos projetos prioritários de real interesse local.

Por certo, a materialização de projetos dirigidos aos fomento das atividades econômicas, em especial do setor turístico, representam uma contribuição relevante para dotar as cidades da Baixada com as condições ideais, colocando em curso políticas sustentáveis de desenvolvimento social e econômico.

A liderança e capacidade empreendedora demonstrada pelo governador paulista deveriam representar um exemplo efetivo de que, com vontade política e união de esforços na busca de ações conjuntas, torna-se possível alcançar objetivos comuns voltados ao equacionamento dos problemas que há muito aguardavam por soluções concretas.

Cabe, portanto, aos municípios cobrar e oferecer contrapartidas, por meio da facilitação e colaboração na execução dos projetos propostos, inaugurando assim uma nova etapa no trabalho de recuperação de uma região que em muito contribui para o fortalecimento do Estado. Mais do que nunca o momento requer menos divergências políticas e mais ações práticas que beneficiem a população.

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