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Opiniões

19 DE NOVEMBRO DE 2024

A luta pela igualdade racial é de todos nós

Daniela Tafner

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Neste mês, todos nós estamos convocados a ampliar a visibilidade da luta diária contra a desigualdade racial.

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, existe para reforçar a importância da identidade negra no Brasil e no mundo.

A igualdade racial deve mobilizar cada um de nós.

De acordo com a Constituição de 1988, vivemos em um país democrático, onde todas as pessoas têm direito à busca do desenvolvimento pessoal, qualificação para o trabalho, educação, saúde, igualdade e dignidade.

No entanto, sabemos que o que está escrito nem sempre reflete a realidade.

Quando observamos de perto as questões raciais no Brasil, as desigualdades se tornam evidentes.

De acordo com o Censo de 2022, mais de 56% da população brasileira se reconhecem como negras ou pardas.

Esta mesma população enfrenta no cotidiano barreiras significativas no acesso aos direitos garantidos pela Constituição.

Embora tenham ocorrido avanços nas ações e movimentos para conter os danos da desigualdade, os dados nos mostram que ainda há um longo caminho a percorrer.

Na economia, por exemplo, o rendimento mensal médio das pessoas ocupadas em 2021 foi de R$ 3.099 para brancos, R$ 1.764 para negros e R$ 1.814 para pardos.

O rendimento domiciliar médio foi de R$ 1.866 para brancos, R$ 965 para negros e R$ 945 para pardos.

Vale ressaltar que a Constituição determina que o Estado é responsável por garantir esses direitos, mas também destaca a importância da colaboração da sociedade para o pleno desenvolvimento dos seus objetivos.

Portanto, a luta contra as desigualdades raciais não é apenas uma responsabilidade do Estado, mas de todos nós, independentemente da cor da pele, crença ou raça.

Historicamente, a população negra no Brasil tem sofrido inúmeras violações de direitos assegurados em lei.

Hoje, não há mais espaço para isso.

A bandeira da igualdade racial é uma responsabilidade compartilhada que devemos todos assumir.

Essa luta é de todos nós!

 

Daniela Tafner é doutora em Enfermagem, especialista em direitos humanos e professora convidada no Instituto de Pesquisa Afro-Latino-Americana (Alari) da Universidade de Harvard

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