Encerrado o primeiro turno das eleições, as atenções se voltam agora para a escolha dos candidatos às prefeituras que disputarão a preferência do eleitorado no segundo turno marcado para o próximo dia 27.
Em Santos, faltando 15 dias para o novo pleito, Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL) terão o tempo necessário para expor aos eleitores santistas suas propostas e como pretendem conduzir a Cidade a partir do próximo ano.
E os desafios não são poucos.
Apesar de favorecida pela pujança do setor portuário, pelas suas belezas naturais e pelo seu vigor político e cultural, o Município tem sentido os impactos do crescimento urbano em seu território insular e também das cidades vizinhas, especialmente pelo fluxo cotidiano de pessoas que encontram aqui opções de comércio e oportunidades de emprego.
Agora, pela sua característica aprazível, Santos também acalenta, cada vez mais, sonhos de moradia de aposentados que buscam aqui uma melhor qualidade de vida que já não conseguem obter em suas localidades de origem.
Se por um lado as riquezas produzidas ao longo das últimas décadas pelo incremento da economia local serve como importante instrumento para geração de oportunidades de trabalho, renda e de mais recursos para realização de novos investimentos, por outro geram como consequência danos ambientais significativos que ameaçam a qualidade de vida da população.
Por isso, muitos desafios estão reservados para os próximos anos, especialmente pela necessidade de promover ações contínuas para ampliar a oferta de serviços essenciais e, sobretudo, buscar soluções para atenuar as consequências geradas pelo adensamento urbano, especialmente em relação à mobilidade.
Da mesma forma, frustadas as possibilidades de expansão econômica que seriam geradas pela exploração do petróleo e gás na Bacia de Santos, que não se confirmou, a Cidade também enfrenta outro grande desafio: criar e manter um novo ciclo de prosperidade para atender de forma eficiente e universal as crescentes necessidades da população, que não reconhece fronteiras entre as cidades da Baixada Santista quando necessitam de serviços públicos nas áreas da saúde, segurança, educação e mobilidade.
Assim, conciliar crescimento com preservação ambiental para assegurar qualidade de vida aos santistas é uma tarefa que se impõe, principalmente à Administração Municipal, responsável pelo planejamento e adoção de políticas eficientes e humanizadas.
Da mesma forma, intensificar a integração entre os municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista se revela um processo necessário e urgente, para que favoreçam a execução de projetos comuns de interesse coletivo.
Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação
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