
Foto: Arte Mala
Cenário pré-eleitoral
Com a virada do mês na folhinha, faltará um ano para as eleições.
E os bastidores já se se agitam de olho no jogo de xadrez político, especialmente nas mudanças partidárias que devem ocorrer até 4 de abril de 2026 – seis meses antes das eleições.
Fragmentação à direita
Enquanto a esquerda deverá contar com a presença do presidente Lula nas urnas, a direita tem várias opções e há um risco real de fragmentação, pois sem o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa, resta saber se haverá ou não união entre candidatos em eventual segundo turno.
Bomba
Não bastasse, há uma preocupação com o estrago que o filho de Bolsonaro, deputado Eduardo, hoje nos EUA, pode trazer nas discussões.
Até o governador Tarcísio de Freitas já estaria repensando a estratégia de entrar em uma disputa incerta (presidência) por outra mais provável (reeleição).
Bem votados, mas…
Na região, dois deputados devem se destacar nas urnas novamente.
Tanto como Paulo Alexandre como Rosana Valle serão bem votados.
No entanto, votação elevada não representa necessariamente eleição garantida.

Deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Foto: Carla Nascimento/Arquivo
Dilema tucano
Ambos têm alguns dilemas pela frente. Paulo Alexandre, hoje no PSDB, sabe que precisará deixar a legenda para ter uma chance maior de sucesso – a despeito de ter sido o mais votado no partido nas últimas eleições.
Mesmo assim, a desidratação da legenda é preocupante e afetará o desempenho em 2026.
Murchando
Não bastasse, quem garante que a Federação PSDB/Cidadania conseguirá votos suficientes em São Paulo?
Assim, dos 17 eleitos em 2022, quatro são do estado, sendo apenas dois do PSDB.
O cenário se repetirá?

Deputada Rosana Valle (PL). Foto: Vinícius Dantas – Arquivo
Desafios liberais
Situação não muito diferente em relação ao PL, de Rosana Valle, partido que elegeu 99 parlamentares em 2022.
Em São Paulo, foram 17.
No entanto, os principais ‘puxadores’ de votos não estarão no páreo.
Carla Zambelli está presa na Itália e Eduardo Bolsonaro, hoje nos Estados Unidos, sabe que terá dificuldades para concorrer.
Por sua vez, Ricardo Salles rumou para o Novo.
Não bastasse, partidos como o PP, sondam parlamentares do PL para mudança de lado – de olho no fundo partidário.
De olho nos votos femininos
Portanto, a deputada trabalha para ser uma das mais votadas da legenda de olho, em especial, à parcela dos votos concedidos a Carla Zambelli, a candidata mais votada do partido em 2022.
Presidente do PL Mulher em SP, próxima a Michelle Bolsonaro e presença constante em manifestações na Avenida Paulista em favor da anistia, Rosana quer ocupar esta preferência.

Prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos) – Foto: Carla Oliveira-Arquivo
Observação
Há espaço também para um terceiro nome na disputa federal. Reeleito com 147.382 votos, o prefeito vicentino Kayo Amado (Podemos) não descarta a candidatura.
“Estamos avaliando”, diz.
No entanto, a decisão passa por cálculos certeiros, pois se sair da Prefeitura e não se eleger, ele não poderá retornar ao Executivo – ao contrário de ocupantes de cargos legislativos.
Pedra
A decisão passa também pela decisão que o edil Tiago Peretto (União) tomará, incentivado pela deputada Solange Freitas para futura dobradinha.
Quem responde?
Afinal, quantos ‘pais’ vão aparecer para dizer que são responsáveis pelo fim da cobrança do pedágio para moradores da área continental de Santos?
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