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Opiniões

12 DE DEZEMBRO DE 2022

Defesa climática já!

Por: Da Redação

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Episódios evitáveis ocorrerão com frequência maior, tal o estágio de comprometimento do clima que resulta dos maus-tratos à natureza.

Haverá chuvas fortes intempestivas e consequentes inundações. As moradias em lugar impróprio, seja em áreas ambientalmente vedadas, seja em inclinações vulneráveis, serão as mais atingidas.

Como sempre, é o mais pobre que mais sofrerá.

É obrigação do município cuidar de seus munícipes. Sabe-se que nem sempre funciona a prevenção.

O melhor seria não permitir que áreas inadequadas se tornassem lugar de residências quase sempre toscas, onde não há possibilidade de vida decente.

Isso vulnera o princípio da dignidade da pessoa humana, norteador de todo o ordenamento desse nosso Estado de direito de índole democrática.

Um cuidado permanente deveria ser o replantio do verde exterminado. O Brasil precisa de um bilhão de árvores em reposição e o planeta carece de um trilhão delas.

Não há cidade que possa se orgulhar de um excesso de cobertura vegetal. Árvore é o fator mais importante para o combate ao aquecimento global.

Os municípios precisam ter um plano de ação para a hipótese de infaustos que causem vítimas, sejam fatais, sejam aquelas obrigadas a se abrigarem transitoriamente, em virtude de terem suas casas impactadas por fenômenos climáticos.

Um Gabinete de Crise funciona e não precisa ser sofisticado.

Precisa contar com equipe que vistorie os lugares mais frágeis, aqueles sujeitos à potencialidade mais do que provável de uma tragédia resultante de inundação, de deslizamento, de rompimento de barreiras, de desmoronamento ou qualquer outro fato previsível e perfeitamente evitável.

Um sistema local de avisos meteorológicos é viável para qualquer município e hoje as previsões são confiáveis, ao contrário do que acontecia anos atrás.

É fazer com que em cada cidade haja um Comitê eficiente de Defesa Civil, chamado a atuar permanentemente, na prevenção e na assistência efetiva, depois que algo de ruim acontecer.

Esse Comitê pode também oficiar na disseminação de uma consciência de voluntariado, para que a própria sociedade civil colabore na missão de evitar infortúnios e de minorar as consequências deles, quando inevitáveis.

O munícipe tem o dever de exigir isso aos seus representantes. É legítima essa pretensão e obrigação do governo local atendê-la.

José Renato Nalini é reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove e Presidente da Academia Paulista de Letras – 2021-2022

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