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Opiniões

23 DE JANEIRO DE 2016

Santos e seu museu

Por: Fernando De Maria

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Home da página criada pela Associação que trabalha para a criação do Museu Histórico de Santos

Home da página criada pela Associação que trabalha para a criação do Museu Histórico de Santos. (Foto: Divulgação)

Nas comemorações dos 468 anos do aniversário de Santos, escrevi um artigo denominado Um Museu sobre Santos no Boqnews (https://www.boqnews.com/colunas/um-museu-sobre-santos/) onde relatava a importância da Cidade ter um museu próprio em decorrência do seu valor histórico. Não quero ser, de forma alguma, o autor desta ideia (certamente outros já haviam pensado sobre isso antes). Mas lancei um desafio na ocasião: seria bem interessante se ao completar os 470 anos do Município – comemorados na terça (26) – a proposta fosse efetivamente levada adiante.

Dois anos se passaram e um esboço de museu sobre a Cidade foi lançado pela Associação Museu Histórico de Santos, criada para esta finalidade. Inicialmente a proposta era na Cadeia Velha, imóvel secular em reforma, que já foi devidamente descartado pela Secretaria de Cultura do Estado. O orgão já informou que o imóvel retomará seu papel original com as oficinas culturais.

Registrada com CNPJ, a Associação Museu Histórico de Santos é formada por  um grupo de empresários, políticos, jornalistas e historiadores. Com a decisão tomada, o grupo busca agora encontrar formas para levar a proposta à frente, algo que precisa ser discutido em razão da nossa importância histórica ao País. Ações para captação de recursos e formas de manutenção do local só poderão ser obtidas se houver cooperação coletiva, com apoio concreto de diversos segmentos e, é claro, recursos.

No rol de locais elencados – com seus prós e contras – estão a Casa da Frontaria Azulejada (particularmente, acho um lugar bem interessante para a instalação deste museu). Com as devidas adequações necessárias e pela facilidade de ser um imóvel municipal e pouco aproveitado – hoje, infelizmente, serve de palco  para festinhas particulares para amigos da realeza – pode ser uma alternativa viável economicamente e entrar no roteiro histórico, que já inclui o Santuário do Valongo, o Museu Pelé, o Museu do Café, o bonde, e o Outeiro de Santa Catarina, por exemplo.

De qualquer forma, o grupo também lançou outras opções como locais possíveis (e aceita sugestões), como os Casarões do Valongo (compartilhamento com o Museu Pelé, o que pode ser um impeditivo legal), Hospedaria dos Imigrantes (alternativa interessante, mas de custo elevado), Escolástica Rosa, Outeiro de Santa Catarina, Armazéns do Porto 1 ao 4 (ainda pertencentes ao Governo Federal), prédio do Instituto Histórico e Geográfico (com adaptações e reformas pode ser uma opção alternativa, mas está longe do contexto histórico do Município, que é o Centro) e o Edifício Saturnino de Brito, onde hoje funciona a Sabesp.

O grupo está em busca de mais sugestões de locais que possam abrigar este espaço, que pretende ser interativo como ocorre com o Museu do Futebol, na Capital. Interessados podem entrar no site e assinar uma petição de apoio à causa.

Uma sugestão a ser acrescida à proposta original é de inclusão de espaços dedicados aos imigrantes, principalmente as colônias mais representativas. Até porque foi por aqui que entraram milhares de estrangeiros que ajudaram a construir a região, o Estado e a Nação. Além do resgate histórico, os organizadores da proposta poderão ter o apoio de empresários estrangeiros e seus descendentes que aqui vivem, facilitando a captação de recursos.

Com ações conjuntas entre Poder Público, sociedade civil, organizações sociais, empresários é possível que a Cidade tenha no futuro próximo um museu interativo que seja um legado para as futuras gerações. Oxalá isso ocorra!

 

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