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Opiniões

23 DE JANEIRO DE 2014

Um museu sobre Santos

Por: Fernando De Maria

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Aos 468 anos, Santos é uma das cidades mais antigas do País. Sua riqueza histórica impressiona por reunir no mesmo espaço edificações seculares – várias delas em bom estado de conservação, outras nem tanto – e modernas. 
Não é à toa que a Cidade vem se tornando ponto de referência para filmagens de novelas, filmes e comerciais, que levam a imagem para o País e exterior, cujo trabalho vem sendo organizado pela Santos Comission Film, criada em 2007 para auxiliar na infraestrutura e apoio às agências, produtoras e profissionais de vídeo.
Diante de toda a riqueza cultural, a Cidade conta com uma gama interessante de museus, como o de Pesca (novamente fechado ao público), de Arte Sacra, do Café, do Porto, da Imagem e do Som, do Mar, Marítimo, além do Memorial das Conquistas, um dos principais pontos turísticos, ao mostrar as glórias obtidas ao longo do centenário Santos FC.
Agora, corremos contra o tempo para entregar antes da Copa o Museu Pelé, obra que se arrasta há anos na antiga edificação do Valongo e que, após inaugurada, será mais um indutor das melhorias para o bairro, que ganhará uma unidade da Petrobras neste ano.
Orçado em quase R$ 40 milhões, o Museu Pelé ganhou o apoio de diversas empresas e aporte de recursos públicos para que seja um espaço indispensável para visitação de brasileiros e estrangeiros, principalmente entre  os amantes do futebol, que poderão conhecer um pouco da lenda Pelé, o maior jogador de todos os tempos. 
Será o único museu do gênero no mundo, o que certamente atrairá milhares de pessoas especialmente durante a Copa, quando a Cidade será uma das poucas a abrigar duas seleções. Portanto, será um honra termos o Museu Pelé.
Diante deste cenário, no entanto, lanço  um questionamento: por que Santos não tem um museu próprio, que contaria a sua história, do seu povo, da sua importância para a Nação, concentrando em um único espaço parte do acervo que está espalhado (ou escondido), onde o acesso ao público é restrito? 
Além disso, certamente poderia ser referência de estudos para os estudantes interessados em conhecer um pouco da história desta cidade maravilhosa, rica culturalmente, mas que ainda deixa a desejar para mostrar o seu legado ao próprio povo e aos turistas. 
Temos um elogiável trabalho realizado pela Fundação Arquivo e Memória. Além disso, o Instituto Histórico e Geográfico reúne documentos históricos importantes. A Faculdade de História da Universidade Católica de Santos é uma das mais respeitadas. Sem contar o nosso material humano, suficiente para sabermos contar bem nossa riqueza cultural.
Sugiro, inclusive, que o Museu  de (e sobre) Santos seja instalado na Casa da Frontaria Azulejada, edificação histórica subaproveitada. Intervenções arquitetônicas internas criativas poderiam fazer do local uma área onde seja possível que os santistas, de nascimento e de coração, conheçam mais sobre a Cidade. Quem sabe poderia ser um belo presente quando o Município completar 470 anos? Fica a sugestão.

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