Elevar o debate eleitoral | Boqnews

Opiniões

07 DE NOVEMBRO DE 2025

Elevar o debate eleitoral

Humberto Challoub

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Faltando pouco menos de um ano para a realização de mais uma eleição presidencial, o quadro eleitoral brasileiro começa a se configurar e acirrar o debate político nacional.

O embate ideológico e a polarização alimentados por posições radicais têm influenciado o debate sobre os temas de interesse da população, relegando ao segundo plano as discussões sobre um Projeto de Nação para ser executado médio e longo prazos.

Ao longo dos anos temos assistido o aumento significativo das despesas permanentes, especialmente para atender o funcionalismo e a Previdência Social das instituições federais, comprometendo a possibilidade de acelerar a execução de projetos de infraestrutura.

Os reflexos da gastança reduzem a capacidade de investimentos governamentais, especialmente quando são colocados em curso estratégias de apoderamento da máquina pública, notadamente objetivando as próximas eleições.

Ao longo da história são muitos os exemplos das consequências negativas geradas pelo inchaço das máquinas públicas, que invariavelmente resultam em sucessivos déficits orçamentários e no aumento dos volumes pagos a título de juros para rolamento de dívidas de custeio.

A necessidade de cada vez mais recursos para a manutenção de administrações revela-se como o principal combustível para impulsionar processos inflacionários, cujas resultantes maléficas são muito conhecidas por várias gerações de brasileiros.

Lamenta-se, portanto, que ao invés de priorizar a destinação de recursos exclusivamente aos projetos sociais e de melhoria da infraestrutura produtiva nacional, governos optem por dar preferência ao financiamento de ideários partidários visando a perpetuação no poder.

Assim, torna-se imprescindível a mobilização da sociedade civil em torno da necessidade de exigir dos futuros candidatos o estabelecimento – e fiel cumprimento – de políticas permanentes de investimento, desatreladas do risco de sofrer com as constantes interferências dos processos eleitorais e cartilhas partidárias.

O País já não mais necessita de salvadores da pátria ou planos econômicos mirabolantes, mas apenas o uso coerente e austero dos muitos impostos arrecadados da população. Ao eleitor, portanto, cabe o entendimento de que o exercício de cidadania sobrepõe o simples ato de comparecimento às urnas.

O papel de agente participativo e fiscalizador deve ser cumprido de forma efetiva e contínua.

O desinteresse e a omissão perpetuam a existência dos maus políticos, tornando mais distantes as soluções dos principais problemas enfrentados pela coletividade.

 

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.