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27 DE AGOSTO DE 2024

Envelhecer com dignidade

Wilson Pedroso

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Em 2070, quase 40% da população do Brasil terá mais de 65 anos. A idade média dos brasileiros será de 51,2 anos, muito acima da média de 2023, que era de 34,8.

Os números foram divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos trazem um alerta: precisamos agir agora para que possamos envelhecer com dignidade.

As estatísticas do IBGE indicam que, em 2046, os idosos devem representar 28% dos brasileiros, podendo chegar a 37,8% em 2070.

A aceleração do envelhecimento da população pode ser constatada ainda com maior clareza quando analisamos os números do passado.

Em 1980, as pessoas idosas eram 4% do total; em 2010, esse índice saltou para 7,4%; e, em 2022, chegou a 10,9%.

Esse fenômeno é explicado por dois fatores principais, sendo que o primeiro deles é a queda na taxa de fecundidade.

Ou seja, as famílias brasileiras estão cada vez menores.

Atualmente, o Brasil tem um índice médio de 1,57 filho por mulher, quando o ideal seria de 2,1 para garantia da reposição populacional.

E essa é uma tendência mundial. Em 2021, 54% dos países registraram taxas de fecundidade abaixo de 2,1 e a média global era de apenas 2,23. Na década de 50, esse índice era de 4,84.

O segundo ponto que explica o envelhecimento da população é o aumento da expectativa de vida.

Sim, hoje é possível viver mais e melhor do que há 70 anos.

Isso ocorre porque as pessoas possuem amplo acesso a serviços de saúde, remédios e vacinas; assim como a programas de assistência social de diversos tipos, que contribuem para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

E é justamente esse o ponto que preocupa.

Com uma população cada vez mais idosa, como será possível manter a rede assistencial ativa e preparada para a sobrecarga que se aproxima?

Como garantir que o serviço público não seja sufocado pela nova demanda?

A resposta para essas questões é planejamento.

O problema é que planejar a longo prazo não é algo simples, exige coragem para que gestores públicos invistam agora no que só será reconhecido de fato no futuro.

A chave para essa equação, portanto, está na legislação.

Precisamos de leis fortes que garantam todas as medidas necessárias para que os idosos possam viver bem e ser bem assistidos hoje e no amanhã.

 

Wilson Pedroso é consultor eleitoral e analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

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